Unconditional | +Filme
Há já imenso tempo que estou para escrever sobre este filme mas tenho estado sempre a adiar. E de hoje não passa! Hoje irei falar um pouco deste “UNCONDITIONAL”, um filme que apesar de ter gostado, ainda continuo com um pé atrás em relação a ele e não sei bem explicar porquê. Ou melhor! Talvez até sei. Este filme conta uma história que não é muito frequente se ver em outros filmes e talvez seja isso que tenha-me deixado um pouco confuso em relação a ele.
Neste “Unconditional”, encontramos o actor Christian Cooke – que meu Deus! é lindo de morrer – a interpretar o personagem Liam, um homem com uma boa vida, uma boa casa, um bom emprego, com um bom carro, enfim, tudo nele parece ser bom demais e poderíamos até dizer que ele tem todos os atributos necessários para conseguir conquistar uma mulher mas… as coisas não são bem assim! Através de Kristen (Madeleine Clark), que procura-o no seu emprego para pedir um empréstimo, Liam conhece Owen (Harry McEntire), o irmão gêmeo de Kristen. Os dois são muito próximos um do outro e praticamente não têm vida social. Vivem um para o outro e ainda para a mãe deles que está gravemente doente. Apesar de muito jovens, são os dois irmãos que tomam conta da mãe e da casa mas Kristen ambiciona uma vida melhor para si. Por isso pede o empréstimo, apaixona-se por Liam e está disposta a conseguir o amor daquele homem. O problema é que Liam não esta interessado em Kristen mas sim em Owen e o jovem cedo apercebe-se que também está apaixonado por Liam. Os dois começam então uma relação mas uma relação muito fora do normal. Sem nunca assumir que é gay e que gosta de homens, Liam obriga Owen a vestir-se de mulher sempre que estão juntos e assim, ele pode dizer que mantém um romance normal com uma mulher, como se de uma relação heterossexual se trata-se. E se no início, Owen até sujeita-se a passar por esse papel de mulher, mais tarde ele irá perceber que irá querer muito mais do que viver uma mentira, só que Liam não está para suportar essa verdade.
O filme tem uma história interessante e como já aqui disse, acho que não é frequente vermos uma história contada assim dessa forma e eu gostei. Claro que faz-me confusão ver a personagem Owen a sujeitar-se a essa loucura do Liam. Mas aqui dá para perceber que por amor, uma pessoa é capaz de tudo mas só até a um determinado limite. Limite esse que Owen irá impor mais tarde, correndo o risco de ver Liam ser severamente agressivo com ele. Enfim! O filme pode não ter grandes actores, e o desempenho deles até não ser nada de especial, mas a verdade é que o realizador Bryn Higgins, soube contar aqui uma história cativante. Uma história de amor, paixão, revolta, mágoa e que eu sugiro que vejam numa dessas noites quentes de verão.