Ao longo destes últimos anos, James Franco já nos habituou a dar-nos personagens estranhas, em filmes estranhos e onde constantemente, ele interpreta personagens homossexuais. Se ele é, ou não homossexual na vida real, disso ninguém sabe, pois ele adora confundir a cabeça das pessoas e manter tudo num grande mistério. No entanto, não sendo gay, ele é talvez o ator que mais vezes interpretou um homossexual no mundo do cinema. Ora vejam: ele já foi gay, namorado do Sean Penn no filme “Milk”; foi um escritor gay em “Uivo”; participou num estranho documentário, onde fez questão de estar presente na gravação de uma cena de sexo entre dois homens em “Interior. Leather Bar.”, filme esse que já passou aqui pelo MORE; foi um ex-gay no filme “I Am Michael”; e mais recentemente, foi um gay produtor de filmes pornográficos em “King Cobra”. E esses são apenas o que eu me recordo de momento. Ele já fez inúmeros filmes, participou em grandes e pequenas produções, continua a ser um ator muito requisitado pelos realizadores de cinema e eu devo confessar que gosto muito dele. Sim! Já tive um certo crush pelo ator, mas isso agora não interessa nada. O momento é para sugerir um filme do ator e não para falar das minhas fantasias com ele.
Finalmente tive a oportunidade de assistir ao filme “I AM MICHAEL”. Há já muito tempo que andava ansioso por ver o filme, não propriamente por causa da história surreal, mas sim porque, como já aqui disse, gosto muito do James Franco, mas adoro também o restante elenco do filme, que é composto pelo assumidamente gay Zachary Quinto, a querida Emma Roberts e o super fofo Charlie Carver (que também penso ser assumidamente gay, ou será o seu irmão gêmeo?). Apesar dos grandes artistas que estão presentes no filme, tenho que confessar que este “I Am Michael” não foi de todo do meu agrado. Sinceramente não gostei do filme e muito por causa do tom surreal que está presente ao longo de todo o filme, apesar deste ser baseado em factos verídicos. Sim! Este filme conta uma história real! Quem é que no passado (e infelizmente ainda no presente) já não ouviu falar da ‘cura gay’? Quem é que no passado, já não teve a oportunidade de ler noticias acerca de um homem que era gay, mas que, entretanto, mais tarde virou pastor de uma igreja e começou a transmitir erradamente a palavra de Deus, dizendo que a homossexualidade é uma aberração da natureza? Pois bem, esse pastor se chama Michael e aqui neste filme, é o ator James Franco que interpreta esse ex-gay.
Não sei se na vida real, esse tal Michael chegou a ter uma visão, uma estranha visão que o fez mudar de vida, mas neste filme, de forma como as coisas foram relatadas, nada fez sentido para mim. Tudo se tornou muito confuso, pois a meu ver, ninguém muda tanto assim de um momento para o outro. Essa história de cura gay não existe! Um ex-gay também não existe! No entanto, em “I Am Michael” seguimos a vida de Michael, ele que é um jovem defensor dos direitos homossexuais e escreve artigos na internet e numa revista direcionada ao público gay, de forma a ajudar os jovens gays americanos. Ele mantem um longo relacionamento com Bennett (Zachary Quinto) e para apimentar a relação dos dois, Tyler (Charlie Carver) passa a ser o terceiro elemento da relação. Aparentemente tudo está bem, eles são felizes, até que um dia, quando estão a fazer um documentário sobre os jovens gays americanos, Michael é confrontado com a palavra de Deus. E essas palavras fazem com que ele comece a ver a vida de outra forma. Deus começa a falar diretamente com ele e a deixar claro de que a vida de homossexual que ele está a seguir, não é o rumo certo a seguir. Assim, sem mais nem menos, Michael resolve mudar. Resolve dar ouvidos a esse tal Deus que fala com ele e muda a sua vida, dizendo pela internet de que deixou de ser um homem gay e começou a seguir o caminho certo, o caminho da heterossexualidade… Enfim!
Acho que se tivesse tempo e vontade, poderia escrever muito sobre o assunto deste filme que é a religião e o que a suposta palavra de Deus, faz na cabeça de certas pessoas. Mas não, não vou entrar por aí. Eu não sou um tipo religioso, não acredito em Deus e para mim, a Bíblia é o resultado da maior mentira que o Homem já contou ao longo de toda a humanidade. Mas isso são outras histórias. O importante aqui a salientar é que nada nesse filme para mim fez sentido. Deixou-me revoltado e claramente não vou querer pegar novamente neste filme. No entanto aqui fica a sugestão e se tu já viste o filme, ou tencionas vê-lo em breve, partilha comigo as vossas opiniões. Gostava de saber o que acham disse tudo…