Porque estão os homens sempre a dizer asneiras/palavrões?
Ora aqui está uma boa pergunta que ficará também à espera de uma resposta vossa. E quem diz homens, diz também mulheres, pois apesar de se dizer que elas são mais delicadas, mais sensíveis, existem também muitas mulheres por aí, sempre com os palavrões na ponta da língua e isso... Tenho que admitir que não compreendo!
Tenho 34 anos e acho que se contam pelos dedos de uma só mão, as vezes que disse uma asneira. Não sou daquelas pessoas que andam por aí, sempre a soltar palavrões da boca, por tudo e por nada. E por incrível que pareça, tenho a infelicidade de conhecer algumas pessoas, que por norma, quando falam comigo ou com qualquer outra pessoa, numa frase de 6 palavras, três são sempre palavrões e eu pergunto: para quê? Porque? Que mania é essa de estarem sempre com essas palavras na ponta da língua? Será que o português não sabe falar de outra forma? Eu não percebo. Juro que não percebo!
Claro que não vou para aqui dizer que sou um santinho – se bem que eu sou! Claro que esses palavrões, que às vezes são muito feios de se ouvirem, fazem também parte do meu vocabulário, mas eu não sou capaz de os pronunciar à frente de pessoas. Às vezes sim! Sai-me um fo*a-se, um car*lho, um mer*a mas ninguém precisa ouvir. Essas palavras surgem apenas na minha cabeça, quando estou irritado, ou normalmente quando aleijo-me com qualquer coisa. Mas por muito que esteja irritado com alguém ou com uma situação qualquer, eu não vejo porque razão eu terei que pronunciar essas palavras em voz alta. Já é feio por si só quando elas surgem assim de repente na minha cabeça, ou quando estou a escrever uma história e um dos personagens diz uma ou outra asneira. Então serem ditas em voz alta é... enfim! Acho uma falta de educação, pessoas que as vezes não se conhecem de lado nenhum, estarem a ter um a dialogo cordial entre duas pessoas, e constantemente sai-lhes um fo*a-se, um car*lho ou outros palavrões. Haverá necessidade disso!?
Hoje resolvi falar sobre este assunto porque actualmente estou a ter obras no meu prédio e por isso, constantemente tenho homens – os trabalhadores – a rondarem o meu prédio e a montar os andaimes. E por muito que eu as vezes queira ignorar a presença deles, as vezes é quase impossível. Das 8h às 17h, eles estão constantemente a falar uns com os outros e não há nenhuma frase que eles consigam dizer, sem usarem esses palavrões desnecessários. Estejam a falar normalmente entre eles, ou estejam a discutir, um car*lho salta sempre da boca deles e eu odeio! E eu já nem sei o que fazer! Já pensei em colocar os tampões nos ouvidos, aumentar o volume da TV, da música que toca no meu computador, enfim, já fiz de tudo para deixar de ouvi-los mas o único momento em que se tem sossego, é quando eles vão ao almoço. Agora por exemplo, estou a escrever este artigo, e o sossego é geral porque eles foram almoçar (ou passear!).
É frequente dizer-se que os homens das obras têm muito esse tipo de linguagem mas não vamos descriminar ninguém. Até porque eu já vi de perto muitos engravatados a terem esse mesmo tipo de linguagem o que faz-me acreditar, que isso está no sangue dos portugueses. Quando um bebé nasce e começa a dizer as primeiras palavras, para além do ‘Não’, que na minha opinião é a primeira palavra que eles aprendem, há sempre um ou outro palavrão que graças aos pais eles vão também dizendo e como eles são bebezinhos, são pequenos, engraçados, os pais até acham uma certa piada o filho dizer uma asneira mas... Para quê? Eu volto a dizer que eu não compreendo! Sou português e não vejo razão nenhuma de inserir essas palavras, no dialogo entre pessoas.
E vocês?! O que acham de tudo isso? É frequente dizerem palavrões?! Eu gostava que houve aqui uma partilha de opiniões em relação a esse assunto. Por isso vou ficar à espera dos vossos comentários.