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Num só blog, está tudo aqui! O MORE tem desabafos/opiniões em relação a mim e ao que se passa à minha volta. Tem sugestões de cinema, televisão e não só. E tem mais, muito mais...

05
Fev17

Carol | +Filme

Hoje vou aqui falar do filme “CAROL”, um filme que já há imenso tempo queria ver e que agora, mais de um ano depois da sua estreia no cinema, tive finalmente a oportunidade de assistir e gostei. Gostei muito!

 

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A atriz Cate Blanchett é uma atriz que eu já há muito sou fascinado por ela. Adoro-a e sem dúvida que ela está naquela minha lista de favoritas. Tudo aquilo que ela faz, faz sempre na perfeição e neste “Carol”, onde ela interpreta a personagem que dá nome ao filme, ela está simplesmente genial. Ela é daquelas atrizes que em cena pode nada dizer, mas a sua presença, os seus gestos, os olhares, já dizem tudo. Quanto a atriz Rooney Mara, ela está a tornar-se igualmente numa atriz que eu tenho adorado acompanhar o seu crescimento e claro, neste filme, no papel de Therese, ela está igualmente maravilhosa. As duas têm uma química muito forte, que resultou perfeitamente, tornando o filme e o amor de ambas, algo bastante credível.

 

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A história de “Carol” é uma história simples, mas foi essa simplicidade que eu mais adorei neste filme realizado por Todd Haynes. A realização está maravilhosa, a fotografia também e o crescimento do amor entre as duas protagonistas, é algo que vale mesmo a pena assistir do principio ao fim.

 

Aqui fica então a minha rápida sugestão de filme e agora, só espero que aceitem essa minha sugestão e que gostem do filme tanto quanto eu gostei.

 

carolposter.jpg

 

Sinopse do filme: Em Nova Iorque, no início da década de 1950, Therese Belivet trabalha numa loja em Manhattan e sonha com uma vida mais gratificante quando conhece Carol Aird, uma mulher sedutora presa a um casamento fracassado. Uma ligação surge entre ambas, levando a que a inocência do primeiro encontro dê lugar a uma relação profunda. Quando o envolvimento de Carol com Therese se torna público, o marido de Carol, Harge Aird retalia, pondo em causa a sua competência como mãe. Com Carol e Therese a fazerem-se à estrada, deixando para trás as suas respectivas vidas, um confronto vai colocar à prova as convicções de cada mulher sobre si mesma e o compromisso para com a outra.

16
Dez16

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho | +Filme

hoje eu quero voltar sozinho.jpg

 

E hoje termino aqui com as minhas sugestões de cinema em casa. Calma! Quando digo termino, estou a referir-me ao facto de terminar com aquelas sugestões que fazem parte da minha lista de filmes favoritos, no que diz respeito a filmes de temática gay e que abordam o amor na adolescência. Sugestões é sempre algo que não vai faltar pelo MORE e amanha mesmo, deixo-vos com uma nova sugestão de cinema em casa, que só poderá ser visto, por quem é forte de estomago. Mas antes de começar por falar na sugestão de amanha, deliciem-se com a sugestão de hoje.

 

Se ao longo desta semana o objetivo era falar de filmes que abordam o amor inocente na adolescência, era praticamente impossível não referir um filme brasileiro que muito sucesso fez por onde andou. Estou é claro a falar do filme “HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO” que sim, faz parte da minha lista de filmes favoritos no geral. O filme é super ternurento e merece a atenção não só do público gay como também do público em geral. Aqui em casa já todos viram e não houve quem não passasse a amar esse filme, tanto como eu amo. Já tive a oportunidade de o ver várias vezes e… acreditem! Sou capaz de ver outras tantas vezes, pois não há como cansar-se dele.

 

Eu poderia aqui arriscar em dizer que já todo o gay que é gay, já viu este filme, mas nunca se sabe. Pode ainda haver por aí muito boa gente que ainda não tenha tido essa oportunidade, mas se assim é, estão à espera do quê? É que na minha opinião, eu diria até que o visionamento deste filme é obrigatório e… enfim! Deixem-me lá desvendar um pouco do que se trata este filme, numa de tentar convencer aqueles que ainda não o viram.

 

E para conhecerem melhor este “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, o melhor mesmo é começar por onde tudo começou, que foi em 2010, quando o jovem realizador Daniel Ribeiro, apresentou-nos a maravilhosa curta-metragem “Eu Não Quero Voltar Sozinho”, curta essa que facilmente encontra-se pelo YouTube. Na altura, a curta começou por ser exibida em alguns Festivais de Cinema e ela foi muito bem recebida pelos críticos. Mais tarde e de forma a que todos tivessem a possibilidade de ver essa obra-de-arte, a curta passou a estar disponível em vários canais de vídeo pela internet e o sucesso foi geral, não só pelo Brasil mas também um pouco por todo o mundo, inclusive Portugal. Quatro anos depois desse grande sucesso que foi a curta, o realizador quis pegar no mesmo argumento, e fazer dele uma longa-metragem que à semelhança da curta, teve um enorme sucesso. A crítica em relação à longa é praticamente a mesma por onde o filme passou. Sem sombra de dúvidas, Daniel Ribeiro soube como contar uma história com uma ternura imensa, que facilmente, cativa qualquer pessoa que assista a esse “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”.

 

O filme conta a história de um jovem cego chamado Leonardo (Ghilherme Lobo) que tem como melhor amiga, a jovem Giovana (Tess Amorim). Dá para perceber que os dois são já grandes amigos de longa data e estão sempre colados um ao outro. No entanto, a chegada de um novo aluno à escola, irá fazer com que a rotina diária dos dois amigos, se altere um pouco. E esse novo aluno é o jovem Gabriel (Fabio Audi), um jovem muito simpático e bonito, que rapidamente fica amigo de Leonardo e Giovana. E Leonardo, apesar de ser cego e por isso não ter noção da beleza exterior do novo aluno, rapidamente ele se apercebe da beleza interior do jovem e começa a sentir coisas estranhas consigo mesmo. Coisas essas que fazem com que Leonardo se apaixone por Gabriel mas… será que Gabriel sente o mesmo pelo jovem cego? E será que Giovana irá perceber esse sentimento que o seu melhor amigo tem por um colega de turma? A essas perguntas eu não vou responder. Sugiro apenas que vejam o filme do principio ao fim, que tem momentos extras e diferentes, se formos comparar à curta-metragem.

 

hoje eu quero voltar sozinho poster.jpg

 

E se no final do filme ficares com aquela sensação boa de que queres ver mais, há uns tempos atrás na conta de Facebook do ator Fabio Audi, o jovem deixou escapar que poderia estar para breve uma continuação do filme mas nada ficou confirmado. Tratou-se apenas de uma vontade de ator e claro, uma vontade de todos os fãs que desejam ver mais e mais desta história super querida entre o Leonardo e o Gabriel.

29
Jan16

Cinema | The Danish Girl (Tom Hooper_2015)

a rapariga dinamarquesa_img

 

 

 

Ontem foi dia de cinema. Fui ver um filme que pessoalmente a mim, diz-me muita coisa. Mas isso são conversas para outros artigos. Em relação ao filme, eu já tinha muita curiosidade em vê-lo, desde o dia em que vi pela primeira vez o trailer e que aliás, até falei dele aqui no blog há uns meses atrás. O filme já está em exibição desde o passado dia 31 de Dezembro e por isso, ele já não está presente em muitas das salas de cinema em Lisboa. No entanto, felizmente ainda consegui encontra-lo no El Corte Inglês e depois de ter visto o filme até ao fim, ou melhor, bastou ver os primeiros minutos do filme para que eu tivesse a certeza absoluta de que este “THE DANISH GIRL” era simplesmente maravilhoso!

 

 

 

Realizada por um homem que já está habituado a presentear-nos com grandes filmes, Tom Hooper soube uma vez mais surpreender-nos com uma obra de arte que merece toda a nossa atenção. Contando-nos aquela que poderá ter sido a história real daquela que foi a primeira transexual do mundo, Tom Hooper agarrou em dois artistas maravilhosos e com eles, soube fazer um filme lindo, um filme carregado de emoção, um filme muito delicado, um filme perfeito aos meus olhos, que durante o filme, não conseguiu conter algumas lágrimas e no fim... bem! No fim não consegui resistir! Enquanto os créditos passavam, deixei-me ficar ali a chorar pois é como eu disse no inicio deste texto, a história deste filme, por questões pessoais, mexe mesmo muito comigo.

 

 

 

O filme em si, não está nomeado para os Oscars, nem mesmo o realizador conseguiu essa proeza, no entanto, “A Rapariga Dinamarquesa”, conta com 4 nomeações, duas delas em categorias importantes. A de Melhor Actor e a de Melhor Actriz Secundária. E por aquilo que vi neste filme, apesar de ainda não conhecer o trabalho de todos os outros nomeados, acho que os protagonistas deste filme merecem ganhar o Oscar. O desempenho de ambos foi tão maravilhoso, tão convincente que facilmente eles tocaram no meu coração. Deixaram lá uma marca profunda, ao ponto de eu saber que tão cedo, não me irei esquecer desse filme.

 

 

 

Eddie Redmayne, por quem eu já sou apaixonado por ele desde o filme “Desejos Selvagens” (2007), onde ele era o objecto de desejo da própria mãe, aqui interpreta o papel de Einar Wegener, um pintor famoso da Dinamarca, que casado com Gerda (Alicia Vikander), aparenta ter uma vida feliz. Tudo na vida deles altera-se, quando Gerda, também ela artista, pede para que o seu marido vista umas meias de senhora, calce uns sapatos de senhora, e pede para que ele, pose para ela, já Gerda queria terminar uma das suas pinturas. Com essa atitude, algo que já estava adormecido há alguns anos, volta a despertar e com força na mente de Einar. Ao perceber que gosta de vestir-se e comportar-se com uma mulher, Einar, juntamente com a sua esposa, acabam por criar uma personagem, a doce Lili. Só que enquanto que para Gerda, a Lili não passa apenas de uma mera brincadeira, aos poucos, Einar vai percebendo que afinal não se consegue mais livrar-se da Lili. E quando Gerda percebe que o seu marido já não é o que era, isso irá ser um grande choque para a mulher que é perdidamente apaixonada por Einar. Apaixonada por aquele pintor que já não quer ser pintor, por aquele homem que já não quer ser homem ou pior, apaixonada por homem que na verdade nunca se sentiu homem, mas sim mulher. E claro que em plenos anos 20, um homem dizer que afinal, nasceu no corpo errado e sente que é mulher, aquilo era considerado loucura. Para os médicos, Einar estava completamente louco. Era esquizofrénico e tinha urgentemente que ser internado. A única pessoa que acreditou nele, que acreditou que na verdade Einar estava num corpo errado e que sim, ele era na verdade uma mulher, foi a sua própria esposa. Uma esposa que amava o seu homem e que mesmo sabendo que iria perder esse homem, esteve sempre do seu lado e ajudou-a a tornar-se numa mulher.

 

 

 

O desempenho Eddie Redmayne é maravilhoso. Vê-se mesmo que o jovem actor entregou-se de corpo e alma a essa personagem. Qualquer um que olhe para ele no filme, fica realmente convencido de que ele está preso num corpo que não é o seu mas, para além da sua maravilhosa interpretação, não posso deixar de salientar aqui o maravilhoso trabalho de Alicia Vikander. Tirando este filme, eu não me recordo de a ter visto em mais nenhum outro filme mas só com esse “A Rapariga Dinamarquesa”, eu fiquei rendido. Ela é uma excelente actriz e na pele de Gerda Wegner, acho até que consegue roubar toda a atenção. Apesar do filme contar a história do homem que quer ser mulher, o filme na verdade centra-se nesta Gerda que, nos anos 20, já estava muito a frente para o seu tempo. Eu próprio apaixonei-me pela Gerda. Eu próprio ambicionei ter uma mulher daquelas na minha vida e... que bom seria este mundo, se todos tivessem um coração tão grande como o dela. Adorei a personagem, adorei a actriz e muito sinceramente, estou a torcer por ela na corrida ao Oscar de Melhor Actriz Secundária.

 

 

 

a rapariga dinamarquesa_poster

 

 

 

Enfim! Depois de tudo o que já aqui disse, acho que já ficou bem claro que eu amei este filme e que recomendo a 100%. Assim que possível, vão vê-lo e preparem-se para as lágrimas que eu tenho a certeza que irão escorrer pelos vossos olhos.

 

 

 

Um abraço e até ao próximo filme...

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