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Num só blog, está tudo aqui! O MORE tem desabafos/opiniões em relação a mim e ao que se passa à minha volta. Tem sugestões de cinema, televisão e não só. E tem mais, muito mais...

29
Out16

I Do | +Filme

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No que diz respeito ao cinema, é impressionante como às vezes às maiores surpresas vêm por parte daqueles filmes que nós nunca ouvimos falar. Por aqui em Portugal, os nossos canais de televisão insistem em passar sempre os mesmos filmes. A toda a hora só passam filmes que semanas antes já tinham sido exibidos umas quantas vezes e depois, tantos outros filmes que até mereciam o seu momento de destaque, acabam por ser esquecidos. E é pena! Bons filmes, pouco conhecidos por muitos, são verdadeiras pérolas que deveriam ter o seu momento para brilhar. Hoje deixo-vos aqui uma dessas sugestões. Um filme que nunca tínha ouvido falar, desconhecia por completo a sua história e nem mesmo tínha conhecimento do seu trailer. No entanto resolvi arriscar em vê-lo e fiz muito bem em dedicar cerca de hora e meia ao filme. “I DO” é assim que se chama a sugestão de hoje e o filme é uma excelente alternativa para quem deseja ver algo novo, algo fresco, algo que realmente irá conseguir tocar no nosso coração.

 

Apesar da história não ser propriamente nova, pois já outros filmes pegaram nessa mesma formula, a verdade é que o realizador Glenn Gaylord conseguiu contar-nos a história de uma maneira diferente. Deu ali um toque especial que fez com que o filme se tornasse também especial. Num misto de drama, romance e até alguma comédia, este filme conta a história de Jack Edwards (David W. Ross), um homem que após a morte do seu irmão, dedica a maior parte da sua vida à cunhada e a sobrinha Tara (Jessica Tyler Brown) que o ama de paixão. Ele é o tio gay da menina e os dois são inseparáveis. No entanto, apesar de já estar a viver nos Estados Unidos, Nova Iorque, há já muitos anos, Jack corre o risco de ser deportado para o Reino Unido, pois está a ter muita dificuldade em actualizar o seu visto de residência. Para resolver esta situação ele só encontra uma solução, casar-se. E a mulher que aceita casar-se com ele, é a sua melhor amiga Ali (Jamie-Lynn Sigler), lésbica assumida, que pelo amigo está disposta a tudo. Mas as coisas depois não correm como esperado. Sem que Jack estivesse à espera, surge na vida dele o espanhol Mano (Maurice Compte) e o amor bate-lhe à porta. E quando parecia que o seu visto de residência já estava garantido, as coisas começam a complicar-se. O casamento falso deixa de funcionar e Jack receia que tenha que sair da América e deixar para trás as pessoas que mais ama na vida.

 

 

O filme até nem chega a ser muito ambicioso mas como já aqui disse, apesar dessa história já ter sido contada em outros filmes, este “I Do” está na minha opinião, muito bem conseguido. Tirando a personagem do Mano, que parece estar muito forçada, todos os outros personagens estão fantásticos e o desempenho dos actores está também maravilhoso. Dou destaque à pequena Jessica Tyler Brown, que aqui interpreta a pequena Tara que tem dos momentos mais queridos de todo o filme. Apesar de pequena, ela demonstra uma maturidade que… só mesmo vendo o filme para compreender e eu por aqui, recomendo a 100%. Este é daqueles filmes que poderia muito bem ser apresentado numa sessão da tarde de fim-de-semana num dos nossos canais de TV mas… infelizmente filmes tão bons como esse não chegam até nós.

22
Out16

Five Dances | +Filme

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Eu sou fanático por cinema. Não consigo viver sem ele e por isso, como já devem ter percebido, com alguma frequência serão aqui deixadas várias sugestões de cinema para ver em casa ou fora dela, de filmes com uma temática gay ou nem por isso. Para hoje, a sugestão trata-se do filme FIVE DANCES, um filme dividido em cinco capítulos, cinco danças diferentes e que conta uma história de amizade e amor entre cinco bailarinos. O filme é realizado por Alan Brown, o mesmo que em 2011 apresentou-nos o filme Private Romeo que em breve, será também aqui sugerido no MORE. O filme não chega a ser de cinco estrelas mas não posso negar que tem alguns certos momentos interessantes e que vale a pena assistir.

 

“Five Dances” acompanha a história do bailarino Chip Daniel (Ryan Steele), um jovem de 18 anos que pouco ou nada sabemos sobre a sua vida e aquilo que sabemos é que ele é um excelente bailarino e que junto com outros quatro bailarinos, ensaiam para um espetáculo de dança contemporânea. Entre esses bailarinos encontra-se o jovem Theo (Reed Luplau), um jovem bonito, misterioso e que apaixona-se por Chip. E de um modo geral, esta é a história deste “Five Dances”, um filme que não fez questão de dar muita importância aos diálogos, mas por outro lado quis apostar na banda sonora e nos belos momentos em que os bailarinos encontram-se a dançar. Esses sim, são momentos lindos para quem aprecia a dança e talvez venham a gostar.

 

 

Apesar do resultado final parecer algo um tanto amador, com protagonistas que não primam pelo seu talento na hora de representar, a verdade é que eu gostei do filme. Pode parecer um pouco maçador mas como já aqui disse, há cenas que merecem a nossa atenção e se formos a ver bem, existem tantos outros filmes piores do que esse.

17
Out16

Holding The Man | +Filmes

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Hoje estou aqui para falar-vos de mais um filme que… me fez chorar. Sim! Depois de o ver, sentado no sofá eu chorei, chorei porque tinha as emoções todas à flor da pele. Eu sou um tipo romântico. Às vezes pode não parecer, mas eu sou romântico. Acredito nas histórias de amor e adoro uma bela história de amor. Na idade que tenho, é ridículo dizer isso, mas eu acredito nos contos de fadas, acredito em príncipes encantados, mas infelizmente, sei que nem sempre uma bela história de amor termina com «o viveram felizes para sempre». E infelizmente, a história do filme que hoje irei sugerir é uma dessas histórias, tristes, com um final dramático, mas que mesmo assim faz-me acreditar no amor. O amor que é a coisa mais bela do mundo, a coisa mais forte e… o amor é assim!

 

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HOLDING THE MAN” é o nome de mais um dos filmes que está disponível no catalogo do Netflix. Há já imenso tempo que o Netflix, mediante aquilo que eu vejo, andava a sugerir esse filme, mas eu sempre andei a adiar. Mas hoje resolvi ver. Não tinha nada para fazer, nada para ver e por isso, dediquei um pouco mais de duas horas a ver este filme que eu simplesmente amei. Adorei do principio ao fim, apesar de um pouco depois do inicio, ter percebido logo de imediato, que este filme não iria terminar bem. Soube logo que iria ser um drama, soube logo que iria chorar e sim, chorei. Chorei por causa da bela história de amor entre o jovem Tim, um sonhador e aspirante a ator, que apaixona-se por John, um jogador de futebol. Os dois apaixonam-se na adolescência e apesar de todas as dificuldades que passam por causa da família e por causa da sociedade em geral, o seu amor acaba por ser mais forte do que tudo. Supera as dificuldades, os ciúmes, as crises que por norma todos os casais têm e juntos, os dois vivem uma história de amor que se prolonga por durante 15 anos. História essa que é real e que foi deixada por escrito no livro “Holding The Man”, pelo Timothy Conigrave que no filme é interpretado pelo ator Ryan Corr. Eu como gosto sempre de depois ver mais e saber mais, no final do filme, andei à procura do livro pela internet, mas infelizmente, ao que parece, ele nunca foi editado em português, no entanto pareceu-me encontrar uma edição em espanhol. Infelizmente, parece que não vou conseguir ter acesso ao livro que serviu de inspiração para este maravilhoso filme, realizado por Neil Armfield e que conta com algumas participações muito especiais de Anthony LaPaglia, Guy Pearce e Geoffrey Rush.

 

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Para além da história ser muito bela e triste, este filme conta com uma banda sonora espetacular. Vale a pena ouvir! E claro, vale mesmo a pena ver este filme. Eu diria que ele é cinco estrelas e ao que parece, o filme foi muito elogiado pela crítica e chegou a ganhar a alguns prémios em festivais de cinema por onde passou e… por agora, nada mais digo. Apenas aceitem essa minha sugestão e depois partilhem comigo as vossas opiniões.

15
Out16

August | +Filme

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Lembram-se da curta-metragem que foi ontem aqui apresentada? E chegaram a vê-la? Pois então hoje iremos aqui deixar uma nova sugestão de cinema em casa em que a história do filme é precisamente a mesma história da curta. E não é só a história que é semelhante à curta de ontem. Para além de contar a mesma história, a sugestão de hoje conta com o mesmo elenco a representar os mesmos papéis e conta ainda com o mesmo realizador. Como é que isso é possível? Simples! Em 2005 o realizador Eldar Rapaport deu-nos a conhecer a curta “Postmortem” e seis anos depois, o mesmo realizador resolveu pegar na mesma história e desenvolveu-a acrescentando novos personagens e histórias secundárias. O resultado final foi este “AUGUST”, um filme que já há muito andava curioso para ver e agora que já o vi, aqui fica a recomendação.

 

 

August” conta como protagonista o actor Murray Bartlett, que apesar de já ter participado em vários projectos, hoje ele é mais conhecido por ser um dos protagonistas da série “Looking” do canal por cabo americano HBO. Neste filme, que me conseguiu emocionar com a sua história, Murray Bartlett interpreta o solteirão Troy, que após passar cinco longos anos na Espanha, regressa à América disposto a ter de volta tudo aquilo que deixou para trás. E uma das coisas que ele pretende reatar é o amor de Jonathan (Daniel Dugan), um ex-namorado que sofreu muito com a sua ausência mas que ao lado de Raul (Adrian Gonzalez), conseguiu refazer a sua vida. O problema é que Jonathan ainda não esqueceu de vez Troy. Entre eles ainda existe um laço muito forte e o grande dilema nesta história toda é: qual dos dois amores irá falar mais alto? O amor de Troy, que por muito que possa dizer o contrário, pretende ser sempre um espírito livre, ou o amor de Raul que… meu Deus!! Nós ficamos simplesmente apaixonados por aquela personagem. Para além do actor ser verdadeiramente bonito, a sua personagem é a mais querida de todas. Arrisco mesmo em dizer que o Raul é o homem que todos os gays (e mulheres) gostariam de ter ao seu lado. Querido, carinhoso, amoroso, enfim! Para além de tudo isso, Raul ainda teve que passar por vários sacrifícios para estar junto de Jonathan e será que é esse amor que irá falar mais alto? Eu por aqui apostei logo de imediato no amor de Raul mas para saberem como esta história termina, o melhor mesmo é assistirem ao filme. E não vale dizerem que já viram a curta e que isso foi o suficiente. Apesar das histórias e os personagens serem os mesmos, tudo irá desenrolar-se de maneira diferente e acreditem, o filme vale mesmo a pena.

08
Out16

Looking: O Filme | +Filme

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A série “LOOKING” dispensa apresentações, correto? Eu presumo, que qualquer pessoa que por aqui passe, saiba perfeitamente que série é essa. Uma série produzida pelo canal por cabo americano HBO, que apesar de eu a amar, a série não chegou a ser muito bem recebida pela critica e nem mesmo pelo público em geral e por isso, ao fim de duas pequenas temporadas, a série acabou por ser cancelada. No entanto, felizmente houve quem achasse que seria necessário dar um desfecho aquele grupo de personagens e por isso, no fim da segunda temporada, saiu a boa noticia de que seria feito um filme para dar esse mesmo desfecho. Filme esse que passou pelo Festival de Cinema Queer Lisboa 20 e que fez parte ainda da programação especial do canal TVCine2, dedicado ao cinema queer e que eu tive a oportunidade de ver.

 

Como já aqui disse eu amei a série “Looking”. Adorei os personagens, as histórias abordadas na série e só achei que ela pecou pelo facto de serem sempre episódios curtíssimos e com temporadas mais curtas ainda. Lembro-me que assim que comecei a ver a série, ao final de cada episódio eu revoltava-me pelo facto do episódio ter terminado e por eu querer ver mais e muito mais daqueles personagens. Por isso, eu fui um daqueles que ficou triste por de repente, a história do jovem Patrick ter chegado ao fim e depois de saber que tudo ia terminar de uma forma mais coerente, com o aparecimento do filme, criei grandes expectativas em relação a ele mas… creio que essas expectativas não foram superadas e também acho que nem tudo terminou de forma coerente. Que pena!!

 

Se dissesse aqui que não gostei do “Looking: O Filme”, estaria com toda a certeza a mentir. Eu sou um apaixonado pela série e por achar que o filme continua com a mesma essência, eu tenho mesmo é que admitir que sim, gostei do filme mas tenho também que confessar que esperava algo mais. O filme, na minha opinião tratou-se apenas de um mero episodio da série, mas bem mais longo do que o habitual. E quanto a isso, o filme sim, superou as minhas expectativas, pois eu reclamava sempre por os episódios serem curtos. Mas apesar da duração mais prolongada, fiquei mesmo com a sensação de que não houve aquele desfecho desejado. No final do filme, fiquei na mesma com vontade de ver mais e mais e muito mais. Houve coisas que ficaram em aberto, houve coisas que deveriam ser mostradas com mais detalhe, enfim… Ainda nem o filme tinha terminado e já eu estava com saudades. Para mim, esse não foi o meu final desejado, mas infelizmente, lá terei eu que dizer adeus definitivamente ao indeciso Patrick (Jonathan Groff), ao super divertido Agustín (Frankie J. Alvarez), ao sonhador Dom (Murray Bartlett), a hilariante melhor amiga Doris (Lauren Weedman), ao apaixonado Richie (Raúl Castillo) e ao orelhudo mais fofo do momento Kevin (Russell Tovey). Adorei todos esses personagens, adorei a maravilhosa realização do Andrew Haigh e gostei ainda da banda sonora que conta com uma música da grande Diva Britney Spears.

 

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Este é mais um filme que eu recomendo e sugiro que fiquem atentos à programação dos canais TVCine, pois tenho quase a certeza que em breve, o filme irá passar novamente pelos canais e depois aí, já não terás desculpa para não o ver.

05
Out16

Those People | +Filme

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Para aqueles que tal como eu, procuram mais variedade por entre o catálogo Netflix, hoje deixo-vos como uma sugestão de cinema em casa, que facilmente encontras pelo serviço de setreaming. Trata-se de um filme com uma temática gay e sim! Parece que o Netflix anda a apostar em filmes com essa temática e espero que em breve, o catalogo de filmes com uma temática LGBT seja ainda maior.

 

A sugestão para hoje chama-se “THOSE PEOPLE” e apesar do filme não ser nada por ali além, eu acho que ninguém irá se importar de reservar 89 minutos da sua vida, para assistir a esse filme. Nem que seja somente pelos protagonistas que são tão fofos, tão queridos enfim… dá vontade de os trazer para casa.

 

Those People” é um drama. É também um romance, mas na sua maior essência é realmente um drama. Um drama acompanhado por alguma música clássica e que nos mostra a estranha relação entre um grupo de cinco jovens amigos. Por tratar-se de um drama, ao longo dos vários minutos, o filme bem tenta ali puxar algumas das nossas lágrimas, mas no meu caso isso não aconteceu. O filme está bonitinho, mas não é daqueles filmes que facilmente nos fazem chorar. Não chega a ser muito convincente e talvez muito por causa do desempenho dos protagonistas, que apesar de serem realmente muito fofos, parecem mais é um bando de amadores.

 

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Those People”, que é realizado pelo jovem Joey Kuhn, que também assina o argumento, conta a história da amizade de longa data entre Charlie (Jonathan Gordon) e Sebastian (Jason Ralph). Os dois, conheceram-se ainda criança e apesar de ambos serem homossexuais e de aos olhos de todos, facilmente todos perceberem que Charlie é perdidamente apaixonado por Sebastian, este último nunca quis entregar-se ao amor, para nunca estragar a amizade de ambos. De uma forma invejosa e até injusta, Sebastian quer Charlie só para si, mas em nenhum momento dá-lhe aquilo que ele quer em troca. E é num momento de crise e de depressão na vida de Sebastian, que sofre na pele, pelos erros do pai corrupto, que Charlie encontra Tim (Haaz Sleiman), um pianista que tem todas as características para ser o amor da sua vida mas, a relação com Sebastian é complicada e incompreendida. Será que por causa disso, esse novo amor não terá pernas para andar?! Bem! A resposta já sabem que não sou eu quem irá dar. Vejam o filme e descubram com quem o jovem Charlie irá ficar e depois, partilhe aqui comigo à vossa opinião em relação ao filme e as decisões do personagens…

26
Set16

4th Man Out | +Filme

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Pelo Netflix encontra-se uma lista imensa de vários filmes e este “4th MAN OUT” é um dos filmes que podes ver por lá, caso tenhas aderido ao serviço. Eu tenho o serviço e recomendo. Por lá não só encontras grandes filmes, como existe ainda um enorme catálogo de séries e documentários de grande qualidade, que merecem toda a nossa atenção. Mas hoje não vou falar do Netflix, até porque já falei dele num outro artigo. Hoje, vou mesmo é falar do filme “4th Man Out”, que penso até, que foi o primeiro filme de temática gay, que eu encontrei no longo catalogo do famoso serviço de streaming. Por lá encontra-se séries e até documentários que abordam essa temática, mas a nível de filmes, foi bem difícil encontrar. Se bem que, atualmente, para além deste filme americano, consegues ainda encontrar outros filmes com uma temática LGBT. Vale a pena procurar e ver.

 

Já tive a oportunidade de ver este “4th Man Out” há algum tempo, mas lembro-me perfeitamente que gostei imenso do filme. Não é de todo o melhor dos melhores filmes de temática gay, mas este, faz parte daquela lista de filmes, que pode perfeitamente ser visto por toda a família, numa sessão da tarde de domingo. Não choca ninguém e de uma forma bastante divertida e com algumas personagens caricatas, o filme fala de amor e na busca que a determinada altura das nossas vidas, todos fazemos ao querer encontrar um parceiro para a vida.

 

Realizado por Andrew Nackman, esta comédia romântica é protagonizada por um grupo de 4 homens, todos eles muito diferentes um do outro, mas mesmo assim, todos os 4 são grandes amigos desde os tempos de criança. Temos o todo bonitão (e olha que ele é mesmo bonito!) Chris (Parker Young), que é sem dúvida aquele que conquista todas as mulheres à sua volta. Tem um relacionamento estranho com uma jovem, mas numa noite, acaba por apaixonar-se por uma outra jovem rapariga, sem nem sequer saber como é que ele se chama. Depois há o Ortu (Jon Gabrus), o gordinho do grupo, que ao contrário dos amigos, já encontrou a sua cara metade e é feliz com isso. Está sempre em picardia com o amigo Nick (Chord Overstreet), que é um autêntico totó. Está completamente louco para arranjar uma namorada, mas fá-lo da maneira mais estranha. Aliás! O tipo é mesmo estranho, tão estranho que apesar de saber, logo no inicio do filme, que já conhecia aquela cara de algum lado, só mesmo no final do filme é que me apercebi que o Nick é interpretado pelo jovem ator que há uns anos atrás, interpretou o personagem Sam na famosa série “Glee” e que eu adorava! Eu era aliás apaixonado pelo ator mas… voltando ao “4th Man Out”, para além desses três protagonistas, há ainda o Adam (Evan Todd), personagem essa que está no centro de toda a história do filme.

 

No dia do seu aniversário, Adam toma a decisão de contar algo muito importante aos seus grandes amigos de infância. Adam é gay e nenhum dos seus amigos tem conhecimento disso. Mas lá acabam por descobrir e quando se apercebem que afinal o amigo gosta é mesmo de homens em vez de mulheres, há ali um risco de toda a amizade de anos ir por água abaixo. Mas não! O grupo de amigos mantém-se na mesma unidos e Chris, Ortu e Nick, tomam a decisão de ajudar Adam a encontrar o seu príncipe encantado. Mas a tarefa de encontrar um namorado para Adam não será nada fácil, até porque Adam, pode na verdade, estar é apaixonado por um dos seus amigos e se assim for, como é que irão resolver essa situação? Ora aqui está uma boa questão, mas para saberem a resposta, terão mesmo é que ver o filme.

 

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Como já aqui disse o filme não é assim nada do outro mundo mas tem boas interpretações, uma boa história, piadas interessantes e tem até momentos semelhantes a situações que todos os gays já passaram na vida. Vale a pena assistir e… dou como terminada esta minha sugestão de hoje.

25
Fev16

Filme | Tensión sexual, Volumen 1: Volátil (Marco Berger, Marcelo Mónaco_2012)

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Hoje vou partilhar com vocês, mais uma sugestão de cinema para ver em casa. Trata-se de um filme que infelizmente nunca passou e nem nunca irá passar pelos nossos canais de TV, mas graças à gloriosa internet, tive aceso ao filme, vi, gostei e agora estou aqui para sugerir que o vejam também.

 

 

 

O nome Marco Berger diz-vos alguma coisa? Se tal como eu, tu gostas de assistir a filmes com uma temática gay e andas sempre à procura de algo novo, com certeza já deves ter lido esse nome em algum lado. Marco Berger é um realizador argentino, que tem por norma realizar filmes que apresentam uma temática gay. É dele os filmes “Plano B”, “Ausente” e “Hawaii”, filmes que eu já vi há algum tempo atrás e adorei (e recomendo), mas é dele também, o filme que hoje irei sugerir. Chama-se “TENSIÓN SEXUAL, VOLUMEN 1: VOLÁTIL” e na verdade, este filme é nada mais nada menos do que um conjunto de seis curtas-metragens, onde o tema principal é a tensão sexual que está em volta dos personagens, dos corpos, dos homens e sensualidade e erotismo é coisa que não falta nessas curtas. Este filme, foi escrito e realizado por Marco Berger, mas quem também assina e realiza algumas dessas histórias, é outro realizador argentino, de nome Marcelo Mónaco. Os dois em parceria, fazem aqui uma óptima dupla e o resultado é positivo. Vale a pena!

 

 

 

 

 

 

Para aqueles que conhecem o trabalho do realizador Marco Berger, com certeza já devem saber que ele tem um modo muito peculiar de contar as suas histórias. Há muitos silêncios nas suas curtas e o que mais se realça, são os olhares, os gestos e as atitudes dos personagens. Por isso, na falta de muito diálogo, às vezes as histórias podem tornar-se aborrecidas mas mesmo havendo algumas cenas muito estáticas, o filme num todo está muito bem conseguido e é impossível ao longo das seis histórias diferentes, não ficarmos também nós com uma certa tensão sexual. Os protagonistas transpiram sensualidade e erotismo por todo o lado e dá gosto vê-los. Apesar de haver pouca acção (sexual), o filme está repleto de provocações. De jovens com a testosterona ao máximo e eu tenho a certeza que vocês irão gostar.

 

 

 

STV-DVD

 

 

 

Vejam agora algumas imagens do filme, com os respectivos nomes das curtas e depois, no final, deixem os vossos comentários em relação ao filme no geral, ou então em relação a alguma curta que tenham gostado em especial.

 

 

 

Ari

 

"Ari"

 

 

 

El Primo

 

"El Primo"

 

 

 

El Otro

 

"El Otro"

 

 

 

Amor

 

"Love"

 

 

 

Los Brazos Rotos

 

"Los Brazos Rotos"

 

 

 

Entrenamiento

 

"Entrenamiento"

29
Jan16

Cinema | The Danish Girl (Tom Hooper_2015)

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Ontem foi dia de cinema. Fui ver um filme que pessoalmente a mim, diz-me muita coisa. Mas isso são conversas para outros artigos. Em relação ao filme, eu já tinha muita curiosidade em vê-lo, desde o dia em que vi pela primeira vez o trailer e que aliás, até falei dele aqui no blog há uns meses atrás. O filme já está em exibição desde o passado dia 31 de Dezembro e por isso, ele já não está presente em muitas das salas de cinema em Lisboa. No entanto, felizmente ainda consegui encontra-lo no El Corte Inglês e depois de ter visto o filme até ao fim, ou melhor, bastou ver os primeiros minutos do filme para que eu tivesse a certeza absoluta de que este “THE DANISH GIRL” era simplesmente maravilhoso!

 

 

 

Realizada por um homem que já está habituado a presentear-nos com grandes filmes, Tom Hooper soube uma vez mais surpreender-nos com uma obra de arte que merece toda a nossa atenção. Contando-nos aquela que poderá ter sido a história real daquela que foi a primeira transexual do mundo, Tom Hooper agarrou em dois artistas maravilhosos e com eles, soube fazer um filme lindo, um filme carregado de emoção, um filme muito delicado, um filme perfeito aos meus olhos, que durante o filme, não conseguiu conter algumas lágrimas e no fim... bem! No fim não consegui resistir! Enquanto os créditos passavam, deixei-me ficar ali a chorar pois é como eu disse no inicio deste texto, a história deste filme, por questões pessoais, mexe mesmo muito comigo.

 

 

 

O filme em si, não está nomeado para os Oscars, nem mesmo o realizador conseguiu essa proeza, no entanto, “A Rapariga Dinamarquesa”, conta com 4 nomeações, duas delas em categorias importantes. A de Melhor Actor e a de Melhor Actriz Secundária. E por aquilo que vi neste filme, apesar de ainda não conhecer o trabalho de todos os outros nomeados, acho que os protagonistas deste filme merecem ganhar o Oscar. O desempenho de ambos foi tão maravilhoso, tão convincente que facilmente eles tocaram no meu coração. Deixaram lá uma marca profunda, ao ponto de eu saber que tão cedo, não me irei esquecer desse filme.

 

 

 

Eddie Redmayne, por quem eu já sou apaixonado por ele desde o filme “Desejos Selvagens” (2007), onde ele era o objecto de desejo da própria mãe, aqui interpreta o papel de Einar Wegener, um pintor famoso da Dinamarca, que casado com Gerda (Alicia Vikander), aparenta ter uma vida feliz. Tudo na vida deles altera-se, quando Gerda, também ela artista, pede para que o seu marido vista umas meias de senhora, calce uns sapatos de senhora, e pede para que ele, pose para ela, já Gerda queria terminar uma das suas pinturas. Com essa atitude, algo que já estava adormecido há alguns anos, volta a despertar e com força na mente de Einar. Ao perceber que gosta de vestir-se e comportar-se com uma mulher, Einar, juntamente com a sua esposa, acabam por criar uma personagem, a doce Lili. Só que enquanto que para Gerda, a Lili não passa apenas de uma mera brincadeira, aos poucos, Einar vai percebendo que afinal não se consegue mais livrar-se da Lili. E quando Gerda percebe que o seu marido já não é o que era, isso irá ser um grande choque para a mulher que é perdidamente apaixonada por Einar. Apaixonada por aquele pintor que já não quer ser pintor, por aquele homem que já não quer ser homem ou pior, apaixonada por homem que na verdade nunca se sentiu homem, mas sim mulher. E claro que em plenos anos 20, um homem dizer que afinal, nasceu no corpo errado e sente que é mulher, aquilo era considerado loucura. Para os médicos, Einar estava completamente louco. Era esquizofrénico e tinha urgentemente que ser internado. A única pessoa que acreditou nele, que acreditou que na verdade Einar estava num corpo errado e que sim, ele era na verdade uma mulher, foi a sua própria esposa. Uma esposa que amava o seu homem e que mesmo sabendo que iria perder esse homem, esteve sempre do seu lado e ajudou-a a tornar-se numa mulher.

 

 

 

O desempenho Eddie Redmayne é maravilhoso. Vê-se mesmo que o jovem actor entregou-se de corpo e alma a essa personagem. Qualquer um que olhe para ele no filme, fica realmente convencido de que ele está preso num corpo que não é o seu mas, para além da sua maravilhosa interpretação, não posso deixar de salientar aqui o maravilhoso trabalho de Alicia Vikander. Tirando este filme, eu não me recordo de a ter visto em mais nenhum outro filme mas só com esse “A Rapariga Dinamarquesa”, eu fiquei rendido. Ela é uma excelente actriz e na pele de Gerda Wegner, acho até que consegue roubar toda a atenção. Apesar do filme contar a história do homem que quer ser mulher, o filme na verdade centra-se nesta Gerda que, nos anos 20, já estava muito a frente para o seu tempo. Eu próprio apaixonei-me pela Gerda. Eu próprio ambicionei ter uma mulher daquelas na minha vida e... que bom seria este mundo, se todos tivessem um coração tão grande como o dela. Adorei a personagem, adorei a actriz e muito sinceramente, estou a torcer por ela na corrida ao Oscar de Melhor Actriz Secundária.

 

 

 

a rapariga dinamarquesa_poster

 

 

 

Enfim! Depois de tudo o que já aqui disse, acho que já ficou bem claro que eu amei este filme e que recomendo a 100%. Assim que possível, vão vê-lo e preparem-se para as lágrimas que eu tenho a certeza que irão escorrer pelos vossos olhos.

 

 

 

Um abraço e até ao próximo filme...

14
Jan16

Filme | Saint Laurent (Bertrand Bonello_2014)

saint laurent movie 1

 

 

 

Chato! Chato! Muitíssimo chato! Infelizmente é assim que eu consigo caracterizar este filme que só ontem tive a oportunidade de o ver. Ele desde o final do ano que tem passado pelos canais TV Cine e eu sempre tive curiosidade em assisti-lo. E pensava eu que ao ver o filme, estaria perante uma obra de arte como eram as maravilhosas criações do estilista mas infelizmente, o filme "SAINT LAURENT" deixa muito a desejar. Ao longo de mais de duas horas, o filme retrata alguns dos momentos mais emblemáticos da vida do criador, mas o modo como conta esses momentos pessoais e profissionais é feita de uma forma tão insuportavelmente chata que para falar a verdade, eu nem sei como é que consegui chegar até ao final do filme sem mudar de canal, sem desligar a tv, ou até mesmo sem adormecer a meio. Enfim! Já deu para perceber que este filme não é mesmo do meu agrado e não há dúvidas quanto a isso. Nem irá valer a pena assisti-lo uma segunda vez.

 

 

 

Realizado por Bertrand Bonello, realizador que eu desconheço por completo, este "Saint Laurent" é protagonizado pelo jovem Gaspard Ulliel, que aqui interpreta o papel do criador Yves Saint Laurent. E se o filme teve algo de bom, foi sem dúvida a maravilhosa interpretação do actor. Gaspard Ulliel entregou-se de corpo e alma à sua personagem que é quase impossível não ficar fascinado. Seja em momentos de puro silêncio, onde reinava os olhares e os gestos, ou seja em momentos de diálogos, Gaspard teve aqui um desempenho fabuloso. Pena é que depois esse seu desempenho não tenha conseguido fazer com que um mau roteiro, com voltas e reviravoltas no tempo, se tornasse num bom filme. Com certeza, haverá por aí muitas opiniões diferentes da minha, pois ao que parece este filme ganhou e foi nomeado para prémios em alguns festivais de cinema mas... aqui no MORE o que reina é a minha opinião. E nem mesmo com a presença do actor Louis Garrel, um actor francês que eu muito admiro e que já se está a tornar um perito em papéis de homossexual, serviu com que o filme se tornasse mais interessante. Muito pelo contrário! Tirando a personagem de Gaspard Ulliel, que era o protagonista, todas as outras personagens eram muito estranhas. Pareciam que estavam deslocadas na história, enfim...

 

 

 

Gravado na minha box tenho ainda o outro filme do estilista, o "Yves Saint Laurent" do realizador Jalil Lespert, mas depois de ter assistido a este "Saint Laurent", confesso que já estou com um pé atrás em relação ao outro. Será que vai valer a pena assistir? Ou será que irá ser mais do mesmo? Eu lembro-me que quando os filmes estrearam em 2014, lembro-me de ter lido algures que um é melhor do que o outro mas... qual será o melhor? Se vocês tiverem a resposta não hesitem em partilhar esse conhecimento comigo.

 

 

 

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Ah! E para quem está curioso em saber se este filme apresenta algumas cenas de homosexo, sim! O filme tem alguns momentos interessantes, alguns nus frontais mas... serão esses uns bons motivos para quererem ver o filme?

19
Set15

Cinema | Praia do Futuro (Karim Aïnouz_2014)

 

 

 

O Queer Lisboa - o Festival Internacional de Cinema Queer - regressou ontem às salas do Cinema São Jorge em Lisboa, para aquela que é a 19º edição do festival. Para a abertura, a organização escolheu um filme brasileiro e apesar de eu não ter tido a oportunidade de passar pelo São Jorge para assistir ao visionamento do filme, eu já tinha visto o filme em causa, há uns bons meses atrás. Penso até que o vi no final de Dezembro de 2014 e na altura, andava muito curioso em relação a ele, devido há muita polémica que o filme gerou no Brasil. Independentemente da polémica, o filme chegou a ser um desilusão para mim mas vamos por partes...

 

 

 

O filme exibido ontem no Queer Lisboa, foi "PRAIA DO FUTURO", um filme do realizador Karim Aïnouz e que conta com a participação de um actor muito querido pelos brasileiros e não só, o Wagner Moura. O actor, apesar de já ter feito vários filmes (da comédia ao drama), apesar de já ter participado em algumas novelas, pode-se dizer que aqui em Portugal, ela é mais conhecido pelos filmes "Tropa de Elite", onde aí ele interpretava o papel de um macho valente. Por isso, quando o filme "Praia do Futuro" estreou no Brasil, as pessoas como gostam do trabalho do actor, foram a correr ver o filme mas não estavam à espera de encontrar um Wagner a interpretar um papel de um homossexual, com direito a beijos e a cenas de sexo gay bastante ousadas. Na altura da estreia do filme nas salas do Brasil, leu-se muito pela net, a revolta dos espectadores ao serem surpreendidos com a primeira cena de sexo no filme. A revolta foi tanta que, quando eu há uns tempos atrás decidi ver o filme, achei que iria ver algo mesmo muito extraordinário, fora do normal, já que a população daquele país ficou perplexo mas... olha?! Se querem mesmo saber a minha opinião, eu não achei nada de especial. A cena de sexo não tem nada de novo e o filme em si, também não tem nada de espantoso. Depois da muita curiosidade inicial em querer ver o filme, chegou a um momento do filme em que eu já questionava: «mas será que isso nunca mais acaba?» É que o filme é chato! Mesmo muito chato do principio ao fim e nem mesmo a interpretação do actor Wagner Moura, que todos sabemos que é na verdade um excelente actor, conseguiu fazer com que esse filme tivesse um outro encanto. Este é daqueles filmes que vi, não pretendo ver uma segunda vez mas de qualquer forma, aqui fica a recomendação para quem quiser arriscar e de qualquer forma, essa foi a escolha da organização do Queer Lisboa para dar inicio ao festival. Na minha opinião não foi de todo uma boa escolha para a abertura mas caso tenhas estado na abertura do festival, caso tenhas visto e gostado, não hesitem em partilhar essa vossa opinião comigo.

 

 

 

Para além do actor Wagner Moura, o filme conta ainda com a presença de outros dois actores protagonistas. Um deles é o jovem Jesuíta Barbosa, que já aqui falei dele, e que neste filme, interpreta o irmão revoltado da personagem interpretada pelo Wagner Moura. É uma personagem pequena, que surge apenas lá quase no final do filme e para ser sincero, acho que a entrada dessa personagem nada fez mudar o rumo da história. Tudo continuou chato e aborrecido como sempre. Mas mais chato ainda, foi a presença do actor alemão Clemens Schick. Um actor que para mim, mais parecia um amador do que qualquer outra coisa e que agarrou um papel mesmo muito aborrecido. Mas aborrecido (e muito!) também foram as várias cenas de silêncio do filme. E olha que eu sou apreciador de filmes com poucos diálogos. Daqueles filmes em que um silêncio diz mais do que mil palavras mas os constantes silêncios dessa "Praia do Futuro" nada diziam. Parecia apenas que eram para 'encher chouriços'. Não acrescentava nada de novo no desenrolar da história, história essa que por sinal era muito fraca.

 

 

 

 

 

 

Mas chega de criticar a "Praia do Futuro". Agora que o Queer Lisboa 19 já arrancou, nos próximos dias (até ao dia 26 de Setembro) o festival irá apresentar-nos muitas longas-metragens, muitas curtas, muitos documentários e eu, se não andasse tão ocupado e tão cansado, não me importava nada de apanhar por lá alguns filmes que eu queria muito ver. Pode ser que, no final de um dia de trabalho, eu tenha coragem de em vez de vir para casa e estender-me na cama, optar por ir até ao Cinema São Jorge e quem sabe se não é por lá que nós vamos encontrar...

 

 

 

[ver o trailer do filme...]

03
Set15

Cinema | Pride (Matthew Warchus_2014)

Pride

 

 

 

Por acaso já tiveram a oportunidade de assistirem ao filme "PRIDE"?! Olha que se a resposta for "não", a única coisa que eu tenho para vós dizer, é que devem vê-lo o quanto antes. É que vocês nem imaginam o grande filme que estão a perder. Eu recomendo o "Pride" a 100%  e quem já o viu, irá com certeza concordar comigo, quando eu digo que este filme é 5 estrelas! Não percam!

 

 

 

Infelizmente, na altura em que estreou nas nossas salas de cinema, há uns bons meses atrás, eu não tive a oportunidade de o ir ver. Sabia, através do trailer, que com toda a certeza absoluta eu iria amar esse "Pride" mas não surgiu a oportunidade para ir vê-lo no grande ecrã. Mas nunca é tarde! E ontem, resolvi passar parte da minha tarde a ver este filme realizado por Matthew Warchus e que conta com um maravilhoso elenco de jovens actores e de outros actores já muito conhecidos e talentosos, como é o caso de Bill Nighy. O seu nome é talvez o mais sonante de todo o elenco isto apesar de a sua personagem ser até muito pequena mas nem por isso, desinteressante. Aliás, uma das grandes cenas do filme é apenas protagonizada por ele e pela actriz Imelda Staunton e essa cena, que eu não vou revelar qual é, está simplesmente fantástica. Ou melhor! Todo o filme é fantástico! Do principio ao fim, o filme conseguiu cativar-me a cada momento, a cada cena, a cada história conjunta ou individual, enfim... Ri muito com este filme. Soltei mesmo grandes gargalhadas com aquele grupo de mulheres que pareciam que nunca se tinham divertido na vida. Mas não eram só elas que me faziam rir. Eles também! E por incrível que pareça, do riso passei ao choro. Comigo é sempre assim! Quando um filme tão belo consegue tocar-me bem cá dentro, eu não resisto. As lágrimas caiem-me do olhos e momentos de emoção é o que não falta ao longo de todo este filme. Houve muitos momentos para chorar mas não de tristeza. Chorei de alegria, com aquela pequena cena que mostra o reencontro de um filho gay, com a sua mãe ao fim de 16 anos. Isso foi o suficiente para o meu rosto ficar lavado em lágrimas. Ai! Ai! Que mais posso eu dizer? Adorei! E brevemente vou querer revê-lo novamente e disso não tenho dúvidas.

 

 

 

 

 

 

Baseada numa história real, "Pride" conta a história de um grupo de homossexuais, que de um dia para o outro, resolvem apoiar a crise dos mineiros. Claro que esse apoio não será bem visto nem pela restante comunidade gay em Londres e nem mesmo pelos mineiros mas... com o tempo as coisas vão mudando. E mais importante do que apoiar a causa dos mineiros, são os laços de amizade que aos poucos, vai surgindo entre esse pequeno grupo de gays e lésbicas e os habitantes de uma pequena vila. Apesar de muito diferentes, apesar de cada um ter as suas próprias batalhas para enfrentar, todos ficarão unidos. Não interessa as diferenças que possam existir. O importante mesmo é a união, a cumplicidade, a amizade e... ainda estou muito comovido com tudo o que vi nesse filme. Mas enfim!!

 

 

 

Para além de rir e para além de chorar, eu também tive tempo para me apaixonar. Bem! Para falar a verdade, recordei uma velha paixão e foi bom recordar. Não sei se se lembram, mas há uns dias atrás falei-vos aqui de duas séries britânicas que tinham como protagonistas, o jovem Freddie Fox que... Meu Deus! Ele entra neste "Pride" e apesar da sua personagem ser um tanto feminina, eu continuo na mesma apaixonado por ele. Gosto muito desse jovem actor e espero encontrá-lo em breve em outros filmes. Mas também não foi fácil resistir ao Ben Schnetzer, que aqui interpreta o personagem Mark. Mas acho que vou parar de citar nomes. Todo o elenco era maravilhoso e eu apaixonei-me por todos eles. Assim como também me apaixonei pela banda sonora do filme e... já nem sei o que vós diga! Só sei que tenho muito orgulho em ter visto este filme e em estar agora aqui, a deixar-vos essa óptima recomendação. Preparem o baldinho de pipocas, reúnem a família na sala e desfrutem deste "Pride"...

 

 

 

Pride (poster)

21
Ago15

Cinema | Une nouvelle amie (François Ozon_2014)

Une Nouvelle Amie

 

 

 

Ontem tive o privilégio de assistir a um filme que já há muito estava para ver e que... simplesmente adorei! Mas antes de falar do filme, deixem-me partilhar com vocês o facto de eu ser um grande fã dos filmes do François Ozon, um grande fã do actor Romain Duris e um grande fã do cinema francês. Por isso, se juntarmos esses três ingredientes num só filme, eu poderia dizer que com toda a certeza absoluta, eu irei amar o filme. E realmente foi o que aconteceu com este "UNE NOUVELLE AMIE". Eu adorei-o do principio ao fim e recomendo a 100%.

 

 

 

Apesar do filme ser de 2014, ele ainda não estreou nas nossas salas de cinema em Portugal. No entanto, se as informações do site do IMDb e do site do Sapo Cinema estiverem correctas, o filme irá chegar até nós já no próximo mês de Setembro e se isso se confirmar, acho que vou fazer questão de o ver novamente, mas desta vez num grande ecrã. Pois na minha opinião, vale a pena ver uma segunda ou até mesmo uma terceira vez. E eu confesso que quando vi o trailer deste filme, há uns bons meses atrás, eu cheguei a ficar com uma ideia errada em relação a ele. Não que ele não tivesse na mesma despertado a minha atenção e curiosidade mas apesar do trailer não ser muito explicito, confesso que imaginei tratar-se de um filme de crime. De um filme de um psicopata que gostava de vestir-se de mulher mas não! Agora que o vi, cheguei à conclusão de que o filme não foi nada daquilo que eu tinha imaginado mas não fez mal nenhum. Adorei-o na mesma! François Ozon soube uma vez mais contar uma história de forma magistral e para isso, recorreu a um elenco de actores magníficos. A jovem Anaïs Demoustier (no papel de Claire) está excelente e Romain Duris, que interpreta a personagem David/Virginia está... enfim! O que dizer deste grande senhor? Deste homem por quem eu já me apaixonei desde os tempos da "Residência Espanhola". Estou completamente rendido a ele e confesso ainda que estou completamente rendido ao actor Raphaël Personnaz (o Gilles), que tem aqui neste filme um papel muito secundário mas... Oh meu Deus! O homem é lindo de morrer! E como eu tenho o fetiche por homens que usam óculos, há cenas em que ele aparece com os óculos no rosto que... enfim! O melhor é mudar de assunto.

 

 

 

Como não gosto de comentar aqui a história dos filmes, para não correr o risco de contar todos os segredos dele, digo-vos apenas que sim, neste filme Romain Duris veste o papel de mulher, para assim tornar-se na nova amiga da personagem Claire. Uma amizade que vai crescendo aos poucos e que facilmente irá confundir-se com amor. Ou melhor! Neste filme, todas as amizades confundem-se com amor e talvez por isso, chegamos a ficar muito intrigados com as atitudes dos personagens. E confesso ainda que fiquei um pouco confuso em relação ao final do filme. À cena final em que na minha opinião, faz-nos ter diferentes interpretações. Mas quando chegarem a ver o filme, digam vocês o que é que acharam.

 

 

 

E o que dizer de Romain Duris no papel de mulher? Bem! Para começar ele teria que começar a fazer melhor a barba e a colocar mais base no rosto para tentar disfarça-la mas de um modo geral, gostei de o ver em saltos altos, com as perucas louras e com as roupas ousadas e femininas. E apesar de ele parecer um travesti de 1,90m, como aliás ele é caracterizado pela personagem Claire, a verdade é que tanto no papel de mulher, como no papel de homem, ele tinha ali muitos gestos femininos. No modo de sentar, no modo de cruzar as pernas, os gestos com as mãos, os olhares, o modo de andar, enfim! Ele estava mesmo 5 estrelas tanto como David, como no papel de Virgínia.

 

 

 

Une Nouvelle Amie (poster)

 

 

 

Este "Une nouvelle amie", pode até ter estado em volta de muita polémica por causa dos temas que aborda mas deixem lá a polémica de lado. Na minha opinião, este é até um filme que se pode ver em família. Pelo menos acho que não há mal nenhum em vê-lo na companhia da nossa mãe e se ele estrear mesmo nas nossas salas de cinema, acho que sim, irei convidar a minha família a ir ver o filme comigo. E por agora... chega de falar mais dele!!

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