A frase do dia...
(passagem do livro "As Oito Montanhas" de Paolo Cognetti)
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(passagem do livro "As Oito Montanhas" de Paolo Cognetti)
E o mais recente livro que li, e li-o com um enorme entusiasmo, foi este "AS OITO MONTANHAS" do escritor italiano Paolo Cognetti. Assim que peguei no livro, já quase não consegui parar de ler e durante algumas noites, mantive-me agarrado a ele até tarde, apenas porque não conseguia largar esta emocionante história, que até fez com que eu ficasse com algumas lágrimas nos olhos.
Quando comecei a ler o livro, nunca me passou pela cabeça que por causa dele, iria recordar alguns momentos da minha vida. Iria recordar do meu pai, que já não está entre nós, mas que quando estava, fazia com que eu e os meus irmãos tomássemos o gosto por uma horta que ele tinha e que tanto tempo dedicava a ela. Aquilo era mais do que uma horta, era uma quinta onde para além de cultivar tudo e mais alguma coisa para dar-nos de comer, fazia ainda criação de animais, como porcos, galinhas, patos e coelhos. Na altura, quando era criança e praticamente forçado a estar presente para o ajudar na hora de semear, regar e colher, eu odiava aquilo. Detestava! E com o passar dos anos, esse ódio fez com que a relação entre pai e filhos não fosse a das melhores, já que todo o seu tempo era dedicado à sua horta e aos seus animais. Hoje, com 36 anos e já sem pai há mais de 16 anos, sinto falta de algumas coisas. Não da presença de um pai, pois essa não me faz falta nenhuma. Não tenho saudades dele e jamais terei, mas só tenho pena de na altura, não ter aprendido mais coisas com ele. Mais sobre a agricultura que ele tanto amava e que hoje, começo a perceber que também eu começo a gostar. A horta já não existe, vou na mesma cultivando algumas coisinhas em vaso e só não dou um passo maior, apostando numa horta urbana, apenas porque não tenho o conhecimento que há uns anos atrás recusei ter. Mas enfim... Essa é uma outra história. História que sem conseguir evitar, recordei-me dela enquanto lia "As Oito Montanhas". Uma história que fala da relação de um pai com o seu filho e a cima de tudo, fala de uma história de amizade, de uma grande história de amor. O amor entre dois grandes irmãos, que apesar de não o serem na verdade, mantêm uma bela relação como se fossem realmente dois grandes irmãos de sangue.
O livro tem um pouco mais de 200 páginas, mas são páginas que se leem muito facilmente. Página à página, a leitura vai-se tornando fascinante, ao ponto de já não querermos parar. Eu adorei o livro e recomendo a 100%. Vale mesmo a pena! Uma vez mais, obrigado ao blog A Mulher que Ama Livros, por me ter dado a conhecer este maravilhoso livro, que já esta com toda a certeza, na minha lista de favoritos.
Sinopse do livro: Pietro é um rapazinho da cidade, solitário e pouco sociável. Os seus pais estão ligados pela paixão da montanha que os uniu desde sempre, mesmo na tragédia, e o horizonte linear de Milão enche-os agora de saudade e nostalgia. Quando descobrem a aldeia de Grana, no sopé do Monte Rosa, sentem ter encontrado o lugar certo: Pietro passará ali todos os verões onde, à sua espera, está Bruno. São da mesma idade mas, em vez de estar de férias escolares, ocupa-se a pastar vacas. Têm assim início verões de explorações e descobertas, entre as casas abandonadas, o moinho e os carreiros mais íngremes. São também os anos em que Pietro descobre que a montanha é um saber, um verdadeiro e adequado modo de respirar. E descobre também que o pai lhe deixa o legado mais verdadeiro: «Ali estava a minha herança: uma parede de rocha, neve, um montão de pedras em quadrado, um pinheiro.» Uma herança que passados muitos anos o reaproximará de Bruno. As Oito Montanhas é um livro magnético e adulto, que explora ligações acidentadas mas graníticas, a possibilidade de aprender e a procura do nosso lugar no mundo. Maravilhoso, literário, intenso e lírico, invade-nos com o ar puro e a luz da natureza e com as cores e os cheiros das estações.
Ah! Outra curiosidade em relação a este livro, que em muito me fez lembrar da minha própria vida, é o facto de eu ter uma irmã a viver em Itália. Uma irmã que vive no alto de uma montanha e sempre que eu vou lá passar uns dias com ela, tenho que subir toda aquela montanha assustadora, mas que faz com que eu perca sempre alguns quilinhos. Já estive nessa montanha onde vive a minha irmã numa época de inverno, numa altura em que nevava - e vi neve pela primeira vez na vida e adorei! - e por isso, muitas das coisas descritas neste livro do Paolo Cognetti, soou-me um pouco familiar. Adoro quando um livro está mais próximo de mim, do que aquilo que era suposto.
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