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Num só blog, está tudo aqui! O MORE tem desabafos/opiniões em relação a mim e ao que se passa à minha volta. Tem sugestões de cinema, televisão e não só. E tem mais, muito mais...

28
Dez16

The Normal Heart | +Filme

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A HBO não para de nos surpreender. Acostumada a apresentar-nos sempre grandes produções, com este “The Normal Heart”, o canal por cabo americano não fugiu à regra. O filme foi exibido no canal há cerca de três anos atrás e desde então, muitos já assistiram e ficaram com as emoções à flor da pele. O filme foi tão elogiado, que até o próprio Presidente dos Estados Unidos da América, quis deixar a sua opinião em relação ao filme.

 

Protagonizado por Mark Ruffalo, que aqui apresenta-nos um registo completamente diferente daquele que estamos habituados a ver, “The Normal Heart” retrata o período da década de 80, onde começaram a surgir os primeiros casos de VIH/Sida, que inicialmente começou a ser designada por “A Doença dos Gays”. Mark Ruffalo interpreta aqui o papel de Ned, um gay activista, judeu e fundador de uma firma de advocacia voltada para casos relacionados com o vírus. Pela sua vida irão cruzar-se várias pessoas, incluindo o jornalista Félix, aqui interpretado pelo actor Matt Bomer, e que irá ser a grande paixão de Ned.

 

 

O filme é baseado na peça teatral de Larry Kramer, que mistura ficção e autobiografia. E para além dos actores já aqui mencionados, este filme realizado pelo mesmo criador da série “Glee”, Ryan Murphy, conta ainda com a participação de actores como Jim Parsons, Jonathan Groff, Taylor Kitsch, Alfred Molina e ainda uma maravilhosa Julia Roberts, que apesar de estar limitada a uma cadeira de rodas, tem aqui um desempenho maravilhoso que vale a pena assistir.

21
Dez16

Hawaii | +Filme

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Eu não sei mas na minha opinião, quem conhece os anteriores filmes do realizador Marco Berger, irá com certeza gostar deste “Hawaii”. Eu já tive oportunidade de ver alguns dos seus filmes, como “Plan B” e “Ausente” e cá para mim, este seu último filme realizado em 2013, é sem dúvida alguma o melhor da sua carreira como realizador.

 

Tenho no entanto que confessar que houve alguns aspectos no filme que não foram muito do meu agrado – como por exemplo a banda sonora – e para ser sincero, não percebi muito bem o porque do filme chamar-se “Hawaii”. É certo que bem próximo do fim do filme, é feito uma referência ao nome mas não acho que essa referencia tenha sido o essencial para dar ao filme o nome de “Hawaii”. E para mim faz-me alguma confusão um nome de um filme não ter nada a ver com a história. E como ultimamente tenho optado por arriscar em ver novos filmes, sem nunca antes ter visto o trailer deles, eu confesso que estava confiante de que o filme iria passar-se no Hawaii, coisa que não é verdade. Mas não se passando no Hawaii, o filme conta na mesma com um cenário maravilhoso, muito bem captado pelo realizador.

 

Neste filme voltamos a encontrar um dos actores que já trabalhou com o realizador. Em “Plan B” tínhamos um Manuel Vignau, disposto a inventar todas as desculpas e mais algumas, apenas para conseguir beijar o seu amigo. Agora em “Hawaii”, Manuel Vignau interpreta Eugénio, um personagem que pouco ou nada sabemos acerca dele mas que no decorrer da história vamos descobrindo. Para conseguir ter tempo e arranjar inspiração para um livro que está a escrever, Eugénio refugia-se na casa dos tios, a mesma casa onde durante a sua infância, passou todos os verões. Apesar da solidão inicial, tudo muda quando ele reencontra um amigo de infância, que lhe bate à porta a pedir um trabalho de verão. Esse amigo é Martín (Mateo Chiarino), que após vários anos de ausência, regressa a sua terra natal na esperança de encontrar estadia na casa de uma tia. Ao não encontra-la e sem ter mais família a quem recorrer, Martín passa a viver na rua e a fazer alguns arranjos na casa de Eugénio. Ao perceber que também Martín vive num mundo de solidão, Eugénio convida-o a viver na sua casa e os dois, aos poucos vão reconstruindo a amizade de infância mas entre os dois, sem nunca ser dito nada em palavras, começam a sentir um pelo outro algo mais do que uma mera amizade.

 

 

Uma vez mais Marco Berger abdica praticamente dos diálogos para criar uma história com cerca de mais de uma hora e meia de filme. Mas aqui os diálogos nem são tão necessários. Para perceber o que vai na cabeça de cada um dos dois protagonistas, basta estar atento ao silêncio, aos constantes olhares, as atitudes de ambos e às carícias disfarçadas de meros toques ao acaso. Num jogo de sedução onde não há espaço para as palavras, o realizador brinca com isso gerando vários momentos de provocação. Aliás! Marco Berger é perito em provocar-nos e durante todo o filme isso é constante. Sem nunca ser explicitamente referido o que um quer do outro, a verdade é que dá para perceber o intenso desejo que os dois sentem um pelo outro e a todo o momento a gente fica a pensar: mas quando é que eles se agarram, quando é que eles se beijam, quando é que eles terão o seu momento de amor/prazer? Enfim! O filme em certo ponto chega a ser frustrante, pois quando um dá um passo nessa direcção, parece que tudo volta atrás e dá mesmo a sensação de que o filme irá terminar sem que esses momentos aconteçam. Mas a intenção do realizador talvez seria mesmo essa. Provocar-nos e dar a entender que para criar uma bela história de amor, não é necessário recorrer aos beijos, aos abraços e as cenas de sexo. E embora isso seja um pouco revoltante para algumas pessoas – incluindo eu – a verdade é que está aqui um excelente trabalho por parte do realizador e dos protagonistas.

17
Dez16

Skoonheid - Beauty | +Filme

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Vou aproveitar agora algum deste meu tempo livre que tenho no momento, para deixar-vos aqui, mais uma ótima sugestão de cinema para ver em casa muito bem acompanhado, nem que seja apenas por um balde de pipocas. Ao longo da semana que passou, aproveitei para falar de alguns dos meus filmes favoritos de temática gay, e a sugestão de hoje, está também presente na minha lista de favoritos. O filme chama-se “SKOONHEID - Beauty” e aviso desde já que este filme não é para todos.

 

E atenção! Quando eu digo que este filme não é para todos, não é por considerar que este seja um filme de terror, ou um filme com muito sexo à mistura e só para maiores de 18 anos, enfim… Apenas alerto para o facto de considerar este um filme muito forte, com algumas cenas revoltantes que com certeza, irá deixar muitas pessoas a pensar no assunto e até mesmo mal dispostas com a situação. Bem! Talvez esteja a exagerar um pouco, mas a verdade é que quando vi esse filme pela primeira vez, houve de facto alguns momentos revoltantes e lá mais para o final do filme, senti que estava a levar um valente murro no estômago. Enfim! Só mesmo vendo o filme para perceberem o que quero dizer com isso.

 

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Muito aplaudido pela crítica, onde aliás chegou a receber dois grandes prémios (no Festival de Cannes e no Durban International Film Festival em 2011), este filme aborda um tema muito real na nossa sociedade, ou seja, aborda o tema de homens bem casados, pais de filhos, mas que depois, tem o secreto desejo de terem relações com outros homens. E no caso do protagonista principal deste filme, para além dele ter aventuras com outros homens, ele irá ter ainda uma enorme atracão pelo filho de um amigo. Essa atracão pelo jovem vai ser tão forte, que ele chegar mesmo a perder a cabeça e a cometer uma grande loucura. E é essa a loucura que irá deixar qualquer um revoltado mas… sugiro que assim que possível, tentem ver o filme na totalidade. Tenho a certeza que vai valer a pena…

17
Dez16

Roda de Salmão, Queijo e Pesto | +Cozinha

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Eu costumo dizer que tudo o que é feito em Massa Folhada, é sempre bom! Delicioso! Não há como errar. Seja em formato doce, ou salgado, se está em massa folhada então o resultado é sempre maravilhoso. E hoje, pegando na massa folhada, fui parar novamente à cozinha e o que fiz, foi uma roda de massa folhada que acreditem, é de chorar e pedir por mais.

 

Inspirada numa receita desta canal do YouTube – que devo confessar já ser um G-R-A-N-D-E fã – resolvi numa só receita, juntar 4 simples ingredientes que eu adoro. E se esses ingredientes a solo, já são super maravilhosos, juntando os 4 então ficou uma coisa do outro mundo. Ou melhor! É deste mundo mesmo, mas… só de pensar, já dá até água na boca. E os ingredientes de que estou a falar é simplesmente a massa folhada, o queijo, o salmão e o molho pesto que… Uiii lá lá!! Bons ingredientes não são?! E ao juntá-los, o resultado que deu foi esta RODA DE SALMÃO, QUEIJO E PESTO. É um receita super simples que eu recomendo que façam e depois comam com moderação. Deixem depois um pedaço para os familiares e amigos, caso tenham a força e a coragem de guardar esse pedaço de mau caminho.

 

 

A receita, como já aqui disse, é super simples. Não tem nada que saber e nem mesmo de enganar. E claro, fiz aqui algumas batotinhas e isso porque, utilizei massa folhada já feita. Temos que ser práticos! E fazer massa folhada de raiz, ainda não é para mim. Deixo essa tarefa complicada para a minha querida mãe, que essa sim, é a melhor a fazer massa. Eu, prefiro comprar aquelas já feitas que para além de serem boas, até são baratas. E quanto ao molho pesto, também optei por usar aquela já feita. Ou seja, fui ao supermercado e comprei um frasco. Mais prático que isso é impossível! E depois, com restos de queijos que tenham no frigorífico – coisa que eu até tinha – e com algumas fatias de salmão fumado, eu acredito que consigam sem dificuldade, recriar essa Roda da delícia.

 

(clica na imagem e faz download para colecionares mais esta ficha de culinária)

 

Se forem corajosos e se atiraram para a cozinha para fazerem esta Roda de Salmão, Queijo e Molho Pesto (não consegui arranjar outro nome mais original!), partilhem depois as vossas opiniões e quem sabe fotos, aqui com o Homem na Cozinha

16
Dez16

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho | +Filme

hoje eu quero voltar sozinho.jpg

 

E hoje termino aqui com as minhas sugestões de cinema em casa. Calma! Quando digo termino, estou a referir-me ao facto de terminar com aquelas sugestões que fazem parte da minha lista de filmes favoritos, no que diz respeito a filmes de temática gay e que abordam o amor na adolescência. Sugestões é sempre algo que não vai faltar pelo MORE e amanha mesmo, deixo-vos com uma nova sugestão de cinema em casa, que só poderá ser visto, por quem é forte de estomago. Mas antes de começar por falar na sugestão de amanha, deliciem-se com a sugestão de hoje.

 

Se ao longo desta semana o objetivo era falar de filmes que abordam o amor inocente na adolescência, era praticamente impossível não referir um filme brasileiro que muito sucesso fez por onde andou. Estou é claro a falar do filme “HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO” que sim, faz parte da minha lista de filmes favoritos no geral. O filme é super ternurento e merece a atenção não só do público gay como também do público em geral. Aqui em casa já todos viram e não houve quem não passasse a amar esse filme, tanto como eu amo. Já tive a oportunidade de o ver várias vezes e… acreditem! Sou capaz de ver outras tantas vezes, pois não há como cansar-se dele.

 

Eu poderia aqui arriscar em dizer que já todo o gay que é gay, já viu este filme, mas nunca se sabe. Pode ainda haver por aí muito boa gente que ainda não tenha tido essa oportunidade, mas se assim é, estão à espera do quê? É que na minha opinião, eu diria até que o visionamento deste filme é obrigatório e… enfim! Deixem-me lá desvendar um pouco do que se trata este filme, numa de tentar convencer aqueles que ainda não o viram.

 

E para conhecerem melhor este “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, o melhor mesmo é começar por onde tudo começou, que foi em 2010, quando o jovem realizador Daniel Ribeiro, apresentou-nos a maravilhosa curta-metragem “Eu Não Quero Voltar Sozinho”, curta essa que facilmente encontra-se pelo YouTube. Na altura, a curta começou por ser exibida em alguns Festivais de Cinema e ela foi muito bem recebida pelos críticos. Mais tarde e de forma a que todos tivessem a possibilidade de ver essa obra-de-arte, a curta passou a estar disponível em vários canais de vídeo pela internet e o sucesso foi geral, não só pelo Brasil mas também um pouco por todo o mundo, inclusive Portugal. Quatro anos depois desse grande sucesso que foi a curta, o realizador quis pegar no mesmo argumento, e fazer dele uma longa-metragem que à semelhança da curta, teve um enorme sucesso. A crítica em relação à longa é praticamente a mesma por onde o filme passou. Sem sombra de dúvidas, Daniel Ribeiro soube como contar uma história com uma ternura imensa, que facilmente, cativa qualquer pessoa que assista a esse “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”.

 

O filme conta a história de um jovem cego chamado Leonardo (Ghilherme Lobo) que tem como melhor amiga, a jovem Giovana (Tess Amorim). Dá para perceber que os dois são já grandes amigos de longa data e estão sempre colados um ao outro. No entanto, a chegada de um novo aluno à escola, irá fazer com que a rotina diária dos dois amigos, se altere um pouco. E esse novo aluno é o jovem Gabriel (Fabio Audi), um jovem muito simpático e bonito, que rapidamente fica amigo de Leonardo e Giovana. E Leonardo, apesar de ser cego e por isso não ter noção da beleza exterior do novo aluno, rapidamente ele se apercebe da beleza interior do jovem e começa a sentir coisas estranhas consigo mesmo. Coisas essas que fazem com que Leonardo se apaixone por Gabriel mas… será que Gabriel sente o mesmo pelo jovem cego? E será que Giovana irá perceber esse sentimento que o seu melhor amigo tem por um colega de turma? A essas perguntas eu não vou responder. Sugiro apenas que vejam o filme do principio ao fim, que tem momentos extras e diferentes, se formos comparar à curta-metragem.

 

hoje eu quero voltar sozinho poster.jpg

 

E se no final do filme ficares com aquela sensação boa de que queres ver mais, há uns tempos atrás na conta de Facebook do ator Fabio Audi, o jovem deixou escapar que poderia estar para breve uma continuação do filme mas nada ficou confirmado. Tratou-se apenas de uma vontade de ator e claro, uma vontade de todos os fãs que desejam ver mais e mais desta história super querida entre o Leonardo e o Gabriel.

15
Dez16

As Vantagens de Ser Invisível | +Filme

As vantagens de ser invisível.jpg

 

Há uns dias atrás, através dos Canais TV Cine, tive a oportunidade de assistir ao filme “AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL”. O filme passou várias vezes pelos canais e um dia, quando não dava mais nada de jeito em outros canais – coisa que é frequente – eu sentei-me no sofá com um bom balde de pipocas e assisti ao filme do princípio ao fim, onde em pouco menos de duas horas, eu passei por diferentes emoções. O filme faz-nos rir, faz-nos apaixonar, faz-nos sonhar e até nos faz chorar. Sim! É verdade! Eu como sou daquele tipo de pessoas que chora por tudo e por nada, houve ali alguns momentos do filme que deixaram-me com lágrimas nos olhos. Mas quase que arrisco em dizer que não fui o único a chorar no final do filme.

 

Apesar do filme não contar propriamente uma história de temática gay, a homossexualidade – através de um dos personagens – está bastante presente no filme e por isso, como também trata-se de um filme com uma história de adolescentes, fazia todo o sentido juntar esse filme à minha lista de filmes favoritos e por isso, aceitem por favor, mais esta grande sugestão.

 

Eu só tive a oportunidade de ver este filme em casa apesar de na altura em que passou pelos cinemas eu ter lido boas críticas em relação ao filme, e apesar de ter visto o trailer, a verdade é que nunca fiquei com muita curiosidade em vê-lo. Pensei que fosse mais um daqueles filmes de adolescentes que servem apenas para desperdiçar uma ou duas horas da nossa vida mas não! Este filme merece mesmo a nossa atenção. Não só pela história maravilhosa que conta com algumas surpresas no decorrer do filme, como também pelo maravilhoso elenco de protagonistas que… enfim! Todos os três estão espetaculares! Mas o destaque neste momento vai para a atriz Emma Watson que me surpreendeu e muito pela positiva. A jovem, que se tornou mundialmente conhecida graças ao papel de menina feiticeira nos filmes do Harry Potter, já deixou de ser uma menininha e tornou-se numa grande atriz que merece sem dúvida alguma uma salva de palmas. Ema Watson é a estrela do filme, ao lado de Logan Lerman e claro, não nos podemos esquecer do jovem ator Ezra Miller que volta a brilhar num papel impressionante. Ou seja! No geral, tudo no filme foi positivo e apesar de saber que voltarei a chorar sempre por causa dele, eu confesso que em breve, tenciono vê-lo uma vez mais e aqui fica a minha recomendação. Se queres ver um bom filme, um filme super emocionante e que dá que pensar, aceita esta minha sugestão e… bom cinema em casa!

 

As vantagens de ser invisível poster.jpeg

 

E sim! Optei por não contar nadinha do filme aqui, pois quero que arrisquem e surpreendem-se com a maravilhosa história que o filme tem para contar…

14
Dez16

Noordzee, Texas | +Filme

Noordzee, Texas.jpeg

 

E já que nesta semana estou a sugerir alguns dos meus filmes favoritos de temática gay, em que os protagonistas são jovens adolescentes, seria praticamente impossível não falar do filme que já se seguida irei sugerir que o vejam, mas é mesmo para verem!

 

NOORDZEE, TEXAS” é um filme que já tive a oportunidade de o ver há algum tempo e faço questão de voltar a vê-lo em breve. À semelhando das duas sugestões anteriores, também este não vem lá dos lados da América, mas sim da Europa. Mais precisamente da Bélgica e penso até, que este foi o primeiro filme desse país que eu já assisti. Mas acreditem, com essas três sugestões aqui deixadas esta semana, acho que fica mais do que provado, que os europeus fazem muito bom cinema, ao nível de muitos filmes americanos e que por isso, devíamos começar a dar mais atenção aos filmes europeus e claro, aos filmes nacionais.

 

Mas falando mais propriamente deste filme, “Noordzee, Texas” conta uma bonita história de amor entre dois grandes amigos de infância. Os protagonistas são adolescentes e é sempre bom ver histórias de adolescentes que estão agora a descobrir o que é o amor. Aqui, encontramos o jovem Pim, um jovem tímido que vive sozinho com a mãe e que desde muito cedo, percebeu ter algumas características diferentes em relação a outros meninos. Não é um menino muito sociável, pouco se relaciona com as pessoas, à exceção da família do seu melhor amigo Gino. Com eles, Pim sente-se em casa. É como se fizesse parte da família deles e é sempre muito bem recebido pela mãe e pela irmã de Gino que secretamente, nutre uma grande paixão por Pim. E apesar dessa paixão ser bastante visível aos olhos de todos, Pim parece ser o único que não se apercebe disso e isso porque, ele só tem mesmo olhos para o seu amigo.

 

Pim e Gino estão sempre muito próximos um do outro. Há uma ligação bastante forte em relação a eles e o que sentem um pelo outro, eles sabem que é especial. O problema é quando Gino começa a relacionar-se com uma rapariga. Pim sente ciúmes dessa relação e não irá aceitá-la da melhor forma mas… o amor tem mesmo dessas coisas. Por vezes, para esconder/disfarçar um grande sentimento, o melhor mesmo é iludi-lo com o início de uma nova relação.

 

Apesar de todos os elementos do elenco serem completamente desconhecidos para mim, todos eles estão de parabéns. Principalmente os três meninos protagonista. São novos mas são já grandes atores e aqui, eles conseguem convencer-nos a cada momento que surgem em cena. Eu aliás fiquei de imediato fascinado com a história de Pim e Gino e é inevitável não ficar a torcer para a relação de amizade/amor entre eles.

 

O filme está repleto de momentos emocionantes e ternurentos. Há mesmo muitas cenas entre os dois jovens protagonistas que… enfim, o melhor é vocês mesmo verem o filme e depois ficarem arrepiados como eu fiquei. Mas não! Não é um arrepio de medo, de susto, de frio. É sim um arrepio que nem sei explicar. Sabem quando vêm algo mesmo muito bonito e emocionante e ficam arrepiados com isso? Pois eu acho que isso vai acontecer com todos.

 

Noordzee, Texas poster.jpeg

 

Infelizmente este é mais um filme que não passa nos nossos canais de televisão e deviam passar. O filme é mesmo excelente para ver sozinho, acompanhado com a sua cara-metade, ou até mesmo para vê-lo em família. Tenho a certeza que quem vê vai adorar e recomendar a outras pessoas.

13
Dez16

Mannen Som Elsket Yngve | +Filme

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E cá vou eu com mais uma nova sugestão de filme que faz parte da minha lista de favoritos. Descobri à uns anos atrás, este filme que rapidamente passou a fazer parte da minha lista de filmes favoritos. E é curioso, pois por vezes, os grandes filmes, aqueles que conseguem conquistar-me por completo, são os pouco (ou nada) conhecidos, pouco falados, que vêm de países onde normalmente não estamos habituados a ouvir falar. O filme que esta noite eu recomendo vem da Noruega e se não me engano, esta foi mesmo a primeira vez que vi um filme desse país. Sei que há pessoas que têm um certo ‘preconceito’ em relação a filmes que não são de origem americana e falados em inglês, mas acreditem, por vezes, os melhores filmes vêm mesmo de outros países como a Noruega. E esse “MANNEN SOM ELSKET YNGVE” é o exemplo de um ótimo filme que merece ser visto por todos nós. Eu recomendo a 100% e tenho a certeza que quem arriscar em vê-lo, também irá gostar.

 

Quando optei por ver este “Mannen Som Elsket Yngve” eu pouco ou nada sabia acerca dele. Ou melhor, já tinha lido a sinopse do filme mas como sei que muitas das vezes as sinopses não correspondem à realidade, eu arrisquei vê-lo sem nunca imaginar que iria ficar completamente rendido a ele. O filme está excelente em todos os sentidos. Tanto na realização como nas interpretações dos jovens atores. Todos eles estão fantásticos e até mesmo a banda sonora do filme chama a atenção com grandes êxitos dos anos 80.

 

Este filme, pelo que depois pesquisei em relação a ele, foi muito aplaudido no seu país de origem chegado a ganhar vários prémios em alguns festivais de cinema. E ainda bem que assim foi porque este filme é mesmo uma obra de arte que em cerca de uma hora e meia de filme, faz-nos sentir um pouco de tudo, desde a vontade de rir até à vontade de chorar. A sua história está super emocionante e apesar do filme ter terminado de uma forma inesperada, deixando com que o final não fosse muito esclarecedor, a verdade é que mesmo assim, vale a pena arranjar um tempinho para o ver. Por isso, e como na minha opinião este filme é para toda a família, assim que possível reúne a tua família e assiste a este maravilhoso filme na companhia de umas boas pipocas.

 

Mannen Som Elsket Yngve poster.jpeg

 

Mannen Som Elsket Yngvese passa em novembro de 1989. O muro de Berlim colapsa. Na cidade de Stavanger, Jarle Klepp, 17 anos, não tem ideia de que as coisas estão prestes a mudar. Até agora ele tinha de tudo; a melhor namorada e o mais legal amigo do mundo. Juntos formam a mais agressiva banda de punk rock da cidade, a Mattias Rust Band. Mas então surge um novo colega de classe, Yngve, que não é como a maioria, deixando Jarle confuso. Lentamente, mas de forma constante, ele deixa de lado todos os que o cercam, e descobre o que significa ficar sozinho. Um cintilante, delicioso, dramático, e engraçado filme, que pode te fazer rir e chorar com a mesma intensidade. A intenção foi fazer um filme autêntico, maduro, mas ao mesmo tempo com a energia da juventude dos personagens. A trilha sonora te levará diretamente aos anos 80, com algumas das principais bandas de rock do período, tais como Stone Roses, The Cure, REM, Japan, Jesus and Mary Chain e Joy Division. Recomendado aos livres de espírito.

13
Dez16

Depressão

Tenho andado triste. Ou melhor, a palavra correta não é «triste». Não é a tristeza que me anda a incomodar ao longo desses dias. É algo pior. É algo bem mais forte, bem mais doloroso do que a tristeza. E eu sei disso. Tenho a perfeita noção do que me anda a incomodar, dia após dias, noite após noite e talvez por isso, tenho até medo de falar acerca deste delicado assunto. Não falo com os meus familiares, não falo com os meus colegas, não falo com a minha médica e nem mesmo tenho coragem de falar comigo mesmo. Não tenho coragem de confrontar essa verdade. Sim! Porque eu sei que é verdade. Eu sinto o que antes eu já senti. Tento disfarçar aquilo que eu sei que já não consigo disfarçar. Tento levantar-me e manter-me de pé, mas… sinto-me sempre no fundo de um poço. Num buraco, tão fundo, tão escuro, tão assustador e onde sou eu e os meus fieis horrores estão presentes. E por muito que eu até queira sair desse buraco, eu não consigo. Não tenho forças. Doí-me tudo e tudo me faz ficar em baixo. Sofro, mas não consigo gritar, não consigo chorar… não consigo! E esse sentimento não é tristeza. É algo que eu conheço muito bem. É DEPRESSÃO…

 

Há uns anos atrás, e nem foi há tantos anos assim, eu passei por uma terrível depressão. Daquelas em que diariamente eu nem conseguia levantar-me da cama. Simplesmente queria ficar lá a vida toda, pois levantar-me para a vida era algo que para mim não fazia sentido. Cheguei na altura a ser acompanhado por uma psicóloga, mas nem isso impediu que num belo dia, eu tentasse pôr um fim definitivo a toda a minha dor. Depois desse triste episódio que deixou profundas marcas na minha vida e na vida de quem me é mais próximo, para além da psicóloga, comecei a ser também acompanhado por uma psiquiatra que me receitava a medicação para ver se pelo menos a dor interna e constante dentro de mim, desaparecia por completo. Aqueles foram momentos muito maus. Momentos em que até custa lembrar-me deles. Até custa falar deles, mas na altura consegui superar a dor. Livrando-me de más influências e de todos aqueles que me faziam sentir ainda pior, eu comecei a olhar para a vida de outra forma. Nas pequeníssimas coisas, comecei a ver que tinha tudo para ser feliz. E quando falo das pequenas coisas, estou a falar da minha pequena sobrinha. Ela foi a minha salvação! Para conseguir viver neste mundo, onde tudo parece que foi feito para me ferir, eu agarrei-me com unhas e dentes aquele pequeno ser. Um ser iluminado que não tinha noção da escuridão que estava dentro de mim. E nem sequer tinha noção de que um simples sorriso seu, fazia o sol brilhar com todo a intensidade no meu coração. Ela foi a minha salvação. Ela fez com que eu me levantasse da cama, com que eu agisse e quando dei por mim, graças a minha pequena sobrinha, que é a Rainha da minha vida, não vi mais sinais da depressão. Como se ela própria fosse um poderoso medicamento, ela curou-me do mal, da dor, da escuridão e deu-me razões para viver e… ainda dá! Mas a escuridão voltou. A dor está novamente dentro de mim. O medo, o horror, os maus pensamentos estão novamente a invadir território que, aparentemente já estava curado, mas parece que tudo está a voltar. E nos dias em que eu estou mais em baixo, eu penso nela. Penso muito na minha sobrinha. As vezes até fecho os olhos e lembro-me de como é o seu radiante sorriso. De como é a sua delicada voz que faz magia nos meus ouvidos. De como é a sua graciosa gargalhada que enche todo o meu coração de alegria. Eu penso! Eu sinto! Tento matar saudades e penso que tudo fica bem, mas… a escuridão mantém-se. A dor ainda aperta o meu coração. Os maus pensamentos estão de volta…

 

Todos os dias tenho acordado a dizer que isso é apenas uma fase. Que logo, logo as coisas vão passar e o sol vai brilhar novamente dentro de mim mas, isso sou eu a querer enganar-me a mim próprio. Gostava que isso fosse só uma fase. Que fosse apenas por causa dessa época natalícia que eu tanto odeio e que inevitavelmente todos os anos me coloca em baixo, mas a verdade, é que já tenho andado assim com esses sentimentos há já algum tempo. Tenho é tentado ignorar os sintomas. Tenho fugido da verdade, mas… Sinto que não tenho mais pés para continuar a fugir. A minha vida estagnou. Estou parado num cruzamento onde todas as direções vão sempre parar ao mesmo sítio, a depressão. No outro dia, numa consulta de rotina com a minha médica de família, estive para falar-lhe desses meus sintomas, mas acabei por não ter coragem. Achei que, assim que falasse do assunto, ela iria simplesmente achar que esse era apenas mais um capricho da minha parte. Porque infelizmente é assim que muitos pensam. Acham que a depressão é apenas um capricho de quem não tem mais nada do que fazer. Sei que essa não é de todo a opinião da minha médica, mas mesmo assim não tive coragem de falar. Devia, mas não consegui! Mas felizmente consegui falar aqui…

 

Tenho estado ausente desse espaço e isso é porque obviamente não tenho tido cabeça para estar por aqui. Algumas coisas têm sido publicadas, pois já estavam programadas para isso mas não sei se tão cedo vou conseguir voltar aqui. Não sei bem o que vou fazer nos próximos dias mas dar atenção a este blog, eu sei que é coisa de que eu não vou ser capaz. Por isso, sem saber o que mais dizer, agradeço a todos os que por aqui passaram e… até a uma próxima…

12
Dez16

Sasha | +Filme

Sasha.jpeg

 

A partir de hoje e nos próximos dias, vou aqui deixar-vos algumas sugestões de filmes para verem em casa se tiverem essa possibilidade. Mas as sugestões não serão acerca de uns filmes quais queres, não. Trata-se de alguns dos meus filmes favoritos de temática gay e que conta histórias de amores de adolescência, amores inocentes, mas nem por isso, amores sofredores. Em cinco dias, vou revelar-vos alguns dos filmes que fazem parte da minha lista de favoritos e espero no final, haver aqui uma partilha de opiniões e quem sabe, novas sugestões da vossa parte.

 

E o primeiro filme nessa minha lista de favoritos é o “SASHA”. O filme é alemão e apesar desse idioma fazer-me uma certa confusão na cabeça, a verdade é que quando vi o filme pela primeira vez, fiquei logo fascinado com as cenas iniciais do filme e por isso, foi com enorme prazer que assisti ao filme do principio ao fim. Este filme realizado por Dennis Todorovic trata-se de uma comédia em tons dramáticos e a sua história é realmente super interessante. Já tive a oportunidade de o ver várias vezes e não me importava nada de voltar a vê-lo umas outras tantas vezes. Aliás! Numa das vezes em que vi o filme, vi-o na companhia da minha mãe que apesar de ter achado o filme um pouco estranho, também acabou por gostar. E digo isso porque este “Sasha”, ao contrário de alguns outros filmes, pode muito bem ser visto em família. Eu diria até que é um filme ideal para ver numa tarde de fim-de-semana e com a família toda reunida na sala. Esta opção seria bem mais interessante do que as constantes repetições de filmes desinteressantes que os nossos canais estão habituados a transmitir.

 

Em “Sasha”, acompanhamos a vida da personagem que dá nome ao filme e que curiosamente se chama Sascha Kekez. Este jovem, super querido por sinal, tem uma família um pouco complicada e problemática e talvez por isso, o jovem ainda não teve a coragem de assumir a sua homossexualidade. Apaixonado pelo seu professor de piano, que entretanto irá mudar de cidade, Sasha vê-se obrigado a assumir aquilo que sente pelo professor pois tem medo de o perder e de nunca mais o ver. Por isso, ele assume pela primeira vez a sua homossexualidade para a sua melhor amiga e vai à luta para conquistar o amor da sua vida mas, a vida nem sempre é um mar de rosas e essas revelações não serão muito bem-vindas para alguns.

 

Com momentos hilariantes e que dá imensa vontade de rir às gargalhadas, este filme apresenta ainda muitos momentos de tensão, drama e belas cenas onde o romance salta à vista. Eu confesso que sou mesmo um romântico por natureza e por isso, fico sempre muito emocionado com histórias como esta.

 

Sasha poster.jpeg

 

O filme vale mesmo a pena e por isso, aqui fica a sugestão dos meus favoritos. Para aqueles que já viram seria interessante partilharem a vossa opinião com o blog e para aqueles que ainda não viram, aceitem esta boa sugestão de cinema em casa pois eu tenho a certeza de que não irão arrepender-se.

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