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Num só blog, está tudo aqui! O MORE tem desabafos/opiniões em relação a mim e ao que se passa à minha volta. Tem sugestões de cinema, televisão e não só. E tem mais, muito mais...

11
Nov16

Eu Sou Gay | Episódio 3 | Como contar?

EuSouGay_Episodio03.jpg

 

Como é que eu lhes vou contar? Já há tanto tempo que ando com essa questão na minha cabeça, mas não há forma de eu conseguir uma resposta para ela. Todos os dias quando acordo, depois de uma noite muito mal dormida em que tentei sempre arranjar uma solução para o meu problema, eu digo a mim mesmo: de hoje não passa! Hoje vou contar-lhes. Hoje vou deixar a mentira de lado e vou passar a dizer só a verdade. Mas depois as horas passam e quando dou por mim já é novamente noite e eu não cheguei a contar. Não sei como contar. Não sei como começar a conversa, não sei que palavras irei dizer e principalmente, não sei como é que eles irão reagir. E acho que é esse o meu maior problema. Acho que só ainda não lhes contei tudo, porque tenho muito medo da reação deles. Sei que estamos em pleno século XXI mas infelizmente ainda se ouvem histórias de pais que expulsam os filhos de casa, apenas porque os filhos quiseram deixar a mentira de lado. E eu também quero deixar a mentira de lado. Quero finalmente deixar para trás a pesada mascara que carrego todos os dias e ser finalmente eu, mas… Como é que eu lhes vou contar? Como é que eles vão reagir? Será que se eu contar, eu continuarei a ser o mesmo filho de sempre? Continuarei a ser o mesmo irmão de sempre? Meu Deus! Tenho tantas questões, tantas dúvidas na minha cabeça, tantos medos, tantos segredos que, não sei o que fazer.

Hoje tenho 17 anos. Ou melhor! Acho que posso já dizer que sou um jovem adulto, pois daqui a três dias vou já fazer 18 anos. Já vivi algum tempo e muito desse tempo eu vivi com essas minhas dúvidas na minha cabeça. Acho que sem exagero, a primeira vez que eu percebi que era diferente, eu tinha apenas cinco anos. Meu Deus! Era tão novo e já naquela altura eu sabia. Estava confuso, pensei que seria apenas uma fase, mas não! Confuso eu continuo e as incertezas também permanecem. Mas de uma coisa eu já tenho a certeza, aquilo pelo qual eu estou a passar não é uma fase. Não é tipo aqueles tempos em que eu era doido pelos desenhos animados Pokemon e hoje eu já nem os suporto. Eu sei o que sou e não há forma de alterar isso. Sei que sou diferente. Sou igual a tantos outros mas quando eu contar, serei diferente aos olhos dos meus pais, do meu irmão e eu tenho medo. Muito medo!

Há uns dias atrás eu estive mesmo para contar. Respirei fundo várias vezes e tentei de alguma forma ganhar coragem para lhes dizer. Era noite e estávamos os quatro sentados à mesa a jantar. Naquela noite, a minha mãe tinha feito um prato que tanto eu como o meu irmão adorávamos: hambúrguer com batatas fritas e um ovo estralado. E ao contrário do meu irmão que comia e lambuzava-se todo, eu não conseguia comer. Podia até dizer que tinha fome, que estava de estômago vazio, mas eu não conseguia. Na verdade, sentia-me era cheio. Cheio de medo! E eu batalhei muito para que em vez de cheio de medo, eu sentisse-me era cheio de coragem, mas a coisa estava difícil.

Eles falavam entre si mas eu nem conseguia prestar atenção ao que diziam. Estava tão distraído nos meus pensamentos que foi difícil acordar para a vida e perceber que em dado momento, a minha mãe falava diretamente para mim. Questionava-me se eu estava bem. Tive vontade de dizer-lhe que não, não estava nada bem, mas nada disse. E ela insistiu. Perguntou várias vezes se eu estava bem e eu mais uma vez tive que lhe mentir. Disse que sim. Que estava tudo bem, mas ela não ficou convencida. Naquele momento, já todos estavam de olhos postos em mim e o meu irmão André, brincalhão como sempre, começou logo a dizer que eu andava na lua. Na lua eu não estava, mas podia estar perto disso, pois apesar de estar tão próximo da minha família, eu não tinha prestado atenção a nada do que eles tinham andado a dizer durante o jantar.

O meu irmão abusado, ao ver que eu não comia, começou logo a roubar-me as batatas do prato, mas a minha mãe tratou logo de lhe dar uma reprimida. Mas não adiantou de nada, pois ao ver que eu não reagi à atitude do meu irmão, o André voltou a meter o seu garfo no meu prato para levar mais umas quantas batatas. A minha mãe achou estranho a minha falta de atitude e sem demoras, levou a sua mão à minha cabeça para ver se eu tinha febre e mais uma vez questionou se eu estava bem. Eu tentei, juro que tentei abrir a boca para lhes contar, mas como é que eu havia de dizer?! Não sei! Naquele momento senti que podia até engolir um dicionário inteiro, que continuava na mesma sem ter palavras para lhes falar. Limitei-me apenas a dizer mais uma vez que estava tudo bem. Mas não estava! Por dentro eu sentia-me péssimo por continuar com aquela mentira.

Sem coragem para os enfrentar, naquela noite pedi ao meu pai para me ausentar da mesa mais cedo. O meu pai era uma pessoa rígida no que diz respeito à hora do jantar. Como durante o dia estavamos sempre cada um para o seu lado, devido aos vários afazeres que cada um tinha, ao jantar ele fazia sempre questão de estarmos todos sentados à mesa, de televisão desligada, telemóveis afastados e usufruirmos ao máximo da refeição em família. Aquele era o momento para estarmos todos juntos e para contarmos as novidades. E havia sempre algo novo para contar. Quem vê de longe a minha família, pode até achar que aqueles nossos jantares eram super aborrecidos, pois tínhamos que estar ali cerca de uma hora, sem nenhum contacto do exterior, mas não! Aqueles até eram momentos divertidos. Momentos em que os meus pais contavam histórias do trabalho, ou comentávamos uma noticia interessante que tínhamos ouvido durante o dia, em que o meu irmão André contava as coisas novas que tinha aprendido no curso de Design e eu… Bem! Eu na verdade não partilhava muita coisa com eles. Por norma falava sempre muito pouco mas divertia-me com tudo aquilo que eles contavam. Aquele era o melhor momento de família que nós tínhamos durante todo o dia. E os meus pais adoravam preservar esses momentos ao máximo, pois eles já sabiam que mais cedo ou mais tarde eles iam terminar. O meu irmão, agora que tinha arranjado uma namorada, mais cedo ou mais tarde iria era querer passar o tempo com ela e eu… Eu não fazia a mínima ideia de como iria ser o meu futuro a partir do momento em que eu lhes contasse a verdade. E talvez essa era também uma das principais razões pelo qual eu ainda não tinha contado nada. Tinha receio de perder esses momentos em família. Momentos em que o meu pai obrigava-nos a ficar sentados à mesa até ao final do jantar. Mas naquela noite, quando lhe pedi licença para levantar, quando todos ainda tinham o prato quase todo cheio, o meu pai olhou para mim e até deu permissão para eu me levantar. A minha mãe contestou. Disse que eu devia comer, que não podia dormir de barriga vazia, mas o meu pai continuou na sua. Deu-me autorização para sair da mesa e eu, aproveitando a boa vontade do meu pai, perguntei logo se podia ir à casa da Diana. A minha mãe voltou a contestar. Disse que era tarde, era hora do jantar e não era hora de ir bater à porta dos vizinhos, mas eu insisti. Disse-lhes que tinha que ir entregar um livro que ela estava a precisar e sem que eu estivesse à espera, o meu pai deu-me também autorização para ir até à casa dela. Naquele momento senti que algo estranho se passava com o meu pai. Sem saber porque ele estava a abdicar do seu momento precioso em família, para deixar-me eu ir ter com a minha melhor amiga. Mas nem quis pensar muito nesse assunto. O meu principal objetivo naquele momento era afastar-me. Afastar-me antes que eles conseguissem ler escrito na minha testa, aquilo que eu tanto queria contar-lhes, mas não tinha coragem.

Ao contrário da minha família que não prescindia dos jantares todos juntos, a família da Diana comportava-se de maneira diferente. Ela era filha de pais separados e enquanto a mãe jantava sozinha na cozinha a ver televisão, ela e o irmão jantavam cada um nos seus quartos. E sempre que ela era convidada a ir jantar na minha casa, achava tudo muito estranho, pois não estava habituada a sentar-se na mesa para jantar. Mas no que toca à Diana, tudo era estranho. Eu e ela já nos conhecíamos há muito tempo. Desde o tempo em que os seus pais se separaram e a mãe dela alugou uma casa no meu prédio, mesmo por cima da minha casa. Na altura tínhamos ambos 8 anos e de imediato ficamos amigos. E apesar de sermos muito diferentes um do outro, eu e ela conseguimos preservar uma amizade de longa data. Somos os melhores amigos, mas… ela é estranha! Ela é mesmo estranha! Não tem nada haver comigo e por isso, muitas sãos as pessoas que acham estranho a nossa amizade. Enquanto que eu sou o todo certinho, o todo bem comportado, o ingénuo, o inocente, a Diana é talvez a personificação do Diabo. Desde muito cedo que veste-se só de preto, usa maquilhagem escura, fuma e não é só uns simples cigarros, já teve vários namorados e virgem é coisa que ela não é. Ou seja, ela é completamente o inverso de mim. Mas talvez por isso é que sempre nos demos tão bem. Eu sei dos seus segredos e ela sabe dos meus. Ou melhor! Há certos segredos que ela não sabe. Há certas coisas que nem para ela eu tenho coragem de contar. Curiosamente são as mesmas coisas que eu não consigo contar aos meus pais. E porquê? Nem eu sei porquê! Simplesmente não consigo! E o curioso nisso tudo, é que há uns tempos atrás ela contou-me que chegou a ter um caso com uma rapariga lá da escola. E a coisa só não foi mesmo para a frente porque ela percebeu que gostava mesmo muito de rapazes. Mas segundo ela, nunca chegou a arrepender-se dessa experiência lésbica. Eu confesso que fiquei pasmado quando ela me contou essa história. Confesso também que naquele momento eu quis contar-lhe a minha verdade, mas eu sou fraco. Eu não tenho a força que ela tem.

Naquela noite, o jantar dela eram bolachas. Lembro-me que durante o dia ela tinha passado a tarde toda a olhar-se ao espelho e a dizer que estava gorda, mas agora, como jantar, andava a devorar um pacote inteiro de bolachas recheadas com chocolate. Estava deitada na sua cama, a ouvir uma daquelas músicas de havy metal que ela tanto adorava e eu detestava e trocava algumas mensagens pela whatsapp com um novo rapaz que ela tinha conhecido. Chegou a mostrar-me algumas fotos do rapaz e perguntou-me qual era a minha opinião em relação a ele mas eu, deitado ao seu lado na cama, optei por não transmitir nenhuma opinião. Eu estava ali ao lado dela, mas ao mesmo tempo estava tão distante com os meus pensamentos, com as minhas questões que confesso, naquele momento só me apetecia desaparecer do mapa.

Enquanto trocava mensagens, ela, ao sentir-me tão sossegado ao seu lado, perguntou-me se eu estava bem. Eu lhe disse que sim mas ela sem demoras e desviando um pouco o olhar do seu telemóvel para olhar para mim, apenas disse: «Tu dizes sempre que estás bem!» E manteve o seu olhar em mim. Fiquei com a sensação de que ela queria que eu dissesse algo depois daquela sua afirmação, mas eu nada disse. Depois o seu telemóvel deu sinal de uma nova mensagem e ela em vez de ir a correr ver o que a sua nova conquista tinha escrito, permaneceu sossegada a olhar para mim. E isso incomodou-me! Ela tinha a mania de olhar fixamente para mim e tentar perceber o que se passava comigo. Havia quem dissesse que ela era bruxa, pois muitas vezes ela acertava naquilo que a gente pensava. E de forma a não correr esse risco, de ela descobrir o meu segredo através dos meus olhos, eu desviei o meu olhar, agarrei no seu telemóvel e eu próprio li-lhe a mensagem nova que ela tinha acabado de receber. Uma mensagem em que o rapaz dizia que não via a hora de estar com ela. De beijar aqueles seus lábios, tocar-lhe na pele e quando eu ia para ler o resto da mensagem, ela tira-me o telemóvel da mão e mais uma vez pergunta-me: «Tu estás bem?!»

Acreditem! Quando ela me perguntou pela segunda vez se eu estava bem, eu estive mesmo para contar-lhe tudo. Naquele momento senti o meu coração encher-se de coragem e estava para contar. Tudo aquilo que há muito lhe quis contar, mas que nunca tinha tido coragem. Disse cá para mim: «Eu vou contar e seja o que Deus quiser». Mas quando estava para abrir a boca, eis que o impensável aconteceu. Com apenas umas boxers coladas ao seu corpo, o Tiago, irmão dela, entra pelo quarto à procura do seu carregador de telemóvel. Com aquela entrada abrupta, a Diana começou logo a discutir com ele por ele ter entrado sem pedir licença. Mas o Tiago discutiu também. Gritou com ela e pediu-lhe para nunca mais usar o seu carregador. Por breves instantes, os dois fizeram aquilo que melhor sabiam fazer: discutir. Apesar de irmãos, apesar de serem gémeos, os dois tinham um ódio comum entre eles. Eram super diferentes um do outro e nunca estavam de acordo com nada. Todos os dias eram discussões naquela casa e eu já nem me dava ao trabalho de perceber o porquê das discussões. E naquele momento, eu não quis saber da discussão para nada. Só tive olhos para o Tiago. Sim! Todas as minhas atenções concentraram-se naquele belo jovem que estava ali, perante os meus olhos apenas de boxers. Engoli várias vezes em seco e senti uns pingos de suor a escorrerem pela minha testa, pois aquela imagem era maravilhosa. E eu fiz questão de não piscar os olhos em nenhum momento, pois eu tinha que contemplar toda aquela beleza que estava diante dos meus olhos. Uns olhos que já o tinham visto várias vezes sem t-shirt mas nunca assim, com uns boxers apertado às suas pernas e onde dava para uma pessoa imaginar tudo e mais alguma coisa.

Quando acordei daquele transe inusitado e maravilhoso, já a Diana tinha atirado à cara do Tiago o carregador do telemóvel e empurrado ele porta fora batendo logo de seguida bem forte com a porta. Ainda chegou a soltar algumas asneiras e depois, quando olhou para mim, recuperou a sua calma. Desligou o seu telemóvel que não parava de dar sinal de nova mensagem, deligou a música irritante e sentou-se ao meu lado dizendo:

— Porque não tentas?

Confuso eu não percebi o que ela quis dizer com o ‘tentar’. Cheguei até a questionar-lhe o que ela queria dizer com aquilo, mas de imediato ela continuou a falar e a se explicar.

 — Sim! Porque não tentas? Tu sabes que eu e o Tiago a gente não se fala muito, mas eu tenho quase a certeza absoluta que ele é gay.

Ao ouvir essa sua afirmação eu fiquei pasmado a olhar para ela. Nem queria acreditar no que ela estava a dizer. No que ela estava a insinuar, mas ela continuou.

— Ou melhor! Talvez ele seja mais é Bi mas isso não interessa. Tenho quase a certeza que ele também gosta de homens. Por isso deixa-te de tretas e tenta. Vai falar com ele…

«Falar-lhe o quê»? Tentei eu dizer-lhe, mas depois do que tinha acabado de ouvir, eu não consegui dizer-lhe nada. Estava chocado com o modo como ela estava a ter aquela conversa comigo. Estava envergonhado! Estava com vontade de fugir dali a correr para não ter que ouvir mais nada. E de facto foi isso mesmo que tentei fazer. Para fugir à verdade, eu tentei levantar-me da cama e fugir dali mas ela não deixou. Agarrou-se ao meu braço com força e disse-me:

— Eu sei que a gente nunca falou sobre esse assunto. Mas talvez esteja na hora de falares, não é verdade Artur?

E eu continuei sem saber o que dizer. Por momentos ainda tentei fazer força para fugir dos seus braços, mas em tudo, ela era sempre mais forte do que eu. Obrigou-me a estar ali sentado e colocando-se de joelhos à minha frente continuou a falar.

— Sei também que estás apaixonado pelo Tiago e que sofres por isso. E é por isso que eu te estou a dizer. Vai tentar. Vai falar com ele. Talvez serás surpreendido com a atitude dele.

— Eu não sei do que estás a falar. — disse eu finalmente, já com os olhos em lágrimas.

— Vamos parar de fingir de uma vez por todas ok? — continuou ela. — Eu sei! Já há muito tempo que eu sei. Só estava à espera que tu falasses primeiro, mas como já vi que não tens tido coragem eu… Desculpa estar a meter-me nesse teu assunto pessoal, mas eu não aguento mais ver-te assim. Eu sinto que estás a morrer por dentro por causa desse teu segredo, mas isso não tem que ser um segredo penoso. Entendes?!

Naquele momento, tudo o que era lágrimas que eu evitava chorar à frente dela e dos meus pais, escorreram todas pelos meus olhos. Formou-se um rio de lágrimas e a vontade que tive foi de abraçar-lhe. De agradecer-lhe por ter tirado um peso enorme de cima das minhas costas. Mas eu não fui capaz de dar-lhe o abraço. Nem sequer fui capaz de abrir a boca para dizer seja lá o que fosse. A vergonha era tanta, por pela primeira vez estar ali sem a mascara que eu carregava todos os dias, que por momentos senti que estava completamente despido. O meu corpo nu estava ali à mostra, assim como também estava as minhas fraquezas, os meus defeitos, os meus medos, as minhas verdades, tudo estava ali exposto. E por muito que eu sentisse que ela me aceitava e sempre me aceitou da forma como eu era, eu naquele momento não conseguia estar ali ao seu lado. Sem que ela estivesse à espera, levantei-me e saí do seu quarto às pressas. Só queria sair daquela casa e esconder-me bem longe, mas enquanto percorria o corredor da casa dela que dava acesso à porta de saída, cruzei-me com o Tiago e fui mesmo contra ele. Contra aquele seu corpo delicado e despido. Ele nada disse. Depois do encontrão apenas ficou a olhar para mim e eu para ele. Também não tive coragem de dizer-lhe nada e antes que a Diana me alcançasse, eu desviei-me dele e fui-me embora. Saí da casa onde estava a única pessoa que realmente me conhecia de verdade.

Até aquele dia, eu sempre questionei a mim mesmo como é que havia de contar. Mas pelos vistos não foi preciso contar nada. A minha verdade estava estampada no meu rosto e a Diana, ela conseguiu ver isso. E os meus pais?! Será que eles também já viram? Será que eles também já sabem? Será que já toda a gente sabe que eu sou gay? Não sei! O que sei é que ainda não tenho coragem para enfrentá-los com essa verdade. Ainda não!

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