Não percebi o MAAT...
Na passada quinta-feira, aproveitei o bom tempo que ainda se fazia, para dar um belo passeio à beira do rio Tejo. E foi muito bom, voltar a estar lado a lado com aquele rio que eu adoro. Simplesmente sinto-me bem quando estou a passear ao lado dele, mas enfim!
Na quinta, a minha querida mãezinha fez 61 anos e de forma a fazermos algo diferente, nesse dia, eu e a minha irmã fomos busca-la ao trabalho e em vez de depois virmos para casa, sentarmo-nos no sofá e divertirmo-nos com a novela da tarde, quisemos fugir da rotina. Por isso, optamos por passar a tarde em Belém, a ver o rio Tejo que todos nós adoramos, a lanchar por lá e claro, como estávamos por ali perto, resolvemos ir espreitar o MAAT e… o que dizer em relação a este novo Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia? Bem! Nem sei o que dizer.
Duma coisa não posso negar, o edifício em si está espetacular! Aquela fachada está mesmo muito bonita, mete respeito e vista do rio Tejo – num barco que passa – a paisagem deve ser maravilhosa. Mas eu pergunto: será que o edifício já está todo ele concluído? A mim parece-me que não! Aliás, eu fiquei com a sensação de que o MAAT foi inaugurado às pressas, pois ficava bem, no dia em que o estado nos devolvia um feriado, oferecer um belo museu aos portugueses. Mas ao que parece ele ainda não está concluído. Enquanto por ali andávamos, ouvia-se muito barulho de obras, marteladas por todos os lados, máquinas a trabalhar e depois, exposições, nem vê-las. A entrada para o edifício, que eu achava que era paga, na verdade era grátis. Conseguimos lá entrar e claro, a entrada do MAAT também é algo que mete respeito. Tem uma ampla sala que… acho que dava para fazer umas boas festas. Mas em vez de festa, o que lá encontrei foi algo que… nem sei como descrever. A mim pareceu-me que estava diante de uma prisão à beira mar. Ouvia o som do mar e das ondas a bater na areia, as luzes iam-se alternando do claro para o escuro, simulando o dia e a noite, e numa ‘prisão’, várias eram as pessoas que relaxavam nuns lençóis e em bolas grandes espalhadas pelo chão. E o que me leva a dizer que aquilo mais parecia uma ‘prisão’, era o facto de haver uma porta, que se fechava durante cerca de dez minutos e só ao fim desse tempo, é que a porta voltava a abrir, deixando sair quem lá estava e deixando entrar novas pessoas, para depois voltar a fechar-se. Quem depois não achasse piada nenhuma àquilo e quisesse sair, teria depois que aguardar a passagem desses dez minutos para depois sentir-se novamente livre. Eu não quis arriscar em passar por essa experiência e claramente, não fui o único a não perceber o conceito daquela ação, pois muitas eram as pessoas que questionavam à menina que ali estava a dar informações, em relação àquela estranha ‘prisão’. Para mim, apesar de toda a imponência do edifício e da entrada, nada daquilo pareceu-me Museu, nem Arte, Arquitetura até posso concordar, mas de Tecnologia também nada vi. O que vi, foi acesso a entradas que estavam barradas, por ainda continuarem em obras. Estranho! O português tem mesmo a mania de inaugurar coisas, que ainda nem estão prontas a ser inauguradas. Mas mesmo não estando concluído, a verdade é que no dia 5 de Outubro, muitas foram as pessoas que quiseram ver de perto esta grande obra, que está agora a embelezar (ou não!) a cidade de Lisboa à beira mar.
Depois do passeio por Belém, seguiu-se um jantar de aniversário num restaurante italiano e assim, o dia foi diferente, a noite foi diferente e mais um ano se passou…