Anel = Algemas
Tenho há dias acompanhado uma história aqui pela internet que tenho gostado imenso. A história chama-se “Coração de Papel” e é da autoria do Sr. Solitário. Neste momento a história está já no seu 27º capitulo – hoje deverá sair o próximo – e eu tenho acompanhado esta história de amor/amizade entre o Alex, o Pedro e a Mariana com muito entusiasmo. Já disse aliás ao autor, que aguardo cada novo capitulo com muita ansiedade e dou-lhe os parabéns por esse magnífico projeto. Mas na verdade, este artigo não é propriamente para elogiar o trabalho do Sr. Solitário (que merece todos os elogios) mas sim para abordar um tema que foi abordado no 27º capitulo e que até hoje, ainda me faz uma certa confusão. O de dar um anel de presente à sua cara metade, como forma de oficializar o namoro\romance\compromisso.
Eu já aqui disse que sou romântico. Muito! Adoro belas histórias de amor e para ser sincero, tenho uma certa inveja – boa (mas talvez má, também) – daqueles que vivem uma bela história de amor. Mas como em muitos aspetos na vida, quando se trata de amor, há certas coisas que eu não compreendo e o anel é uma dessas coisas. Se eu amo alguém, porque é que eu tenho que entregar um anel para comprovar e oficializar esse meu amor? Não basta dizer que simplesmente amo a pessoa, todos os dias quando acordo? Tenho que dar um anel para provar esse amor? Não percebo! Para mim, quando vejo histórias de amor em que um dos apaixonados oferece um anel de compromisso\noivado\ou seja lá do que for, vejo sempre essa cena como se essa pessoa estivesse a colocar umas algemas no pulso da outra pessoa. Como se lhe estivesse a marcar. Como se, de uma forma estranhamente romântica, lhe tivesse a dizer: «Agora és meu! Só meu e de mais ninguém!» E é aí que está o problema. Ninguém é de ninguém! Numa história de amor, o apaixonado B, não é de forma alguma propriedade do apaixonado A… Confusos?! Bem! Na verdade até eu estou um pouco confuso pois não consigo de forma alguma, deixar de associar o anel a umas algemas. E algemar alguém, não me parece ser algo muito positivo.
E quem fala no anel, fala no casamento. Sim! Eu tenho uma opinião muito particular em relação ao casamento. Digamos que sou contra o casamento, mas acho que isso será tema para outro desabafo. Apenas digo que não percebo o porque de ter que assinar um contrato, para provar que amo certa pessoa. Para mim, no amor, não tem que haver algemas e nem mesmo contratos, mas… essa é a minha opinião. Claro que há românticos como eu que devem achar o contrário, mas… para mim, um «amo-te», um «és tudo para mim», um olhar, um sorriso, um abraço, uma rosa é bem melhor do que todas essas formalidades.
Bem! Reparei agora que já saiu o 28º capitulo de “Coração de Papel” e sem demoras, vou já ler para ver o que vem por aí…