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Num só blog, está tudo aqui! O MORE tem desabafos/opiniões em relação a mim e ao que se passa à minha volta. Tem sugestões de cinema, televisão e não só. E tem mais, muito mais...

02
Out15

1+1=1 (Parte 2)

Parte_2


 


Ao fim de seis meses de convivência, em que praticamente se viam todas as semanas, Artur já havia percebido que Miguel era diferente. Os dois nunca chegaram a conversar sobre o assunto e nem mesmo tinham que conversar mas Artur, já havia desconfiado várias vezes de que o jovem a quem ele dava explicações de matemática, era homossexual. Ele até já tinha comentado sobre o assunto com a Mónica. É que tal como Artur, a Mónica também passava algum tempo com Miguel todas as semanas. Assim que Artur começou a dar explicações a Miguel, o jovem optou por fazer da Mónica, tal como a sua mãe já havia feito, a sua cabeleireira de eleição. E Miguel era vaidoso. Muito vaidoso mesmo! Estava sempre muito bem vestido, com as roupas do momento e sempre de marcas bem caras. E todas as semanas fazia questão de estar aos cuidados da Mónica para mudar o seu corte de cabelo. As vezes a mudança era pequena mas era o suficiente para ele ter sempre um novo e diferente visual todas as semanas. Está certo que a vaidade não era o suficiente para Artur considerá-lo gay. Havia outros motivos para ele ter chegado a essa conclusão, motivos esses que Artur preferiu nunca mencionar à sua namorada, nos momentos em que falavam tanto de Filó, que era uma autentica personagem, como do seu filho Miguel. E das vezes todas que falaram sobre a suposta homossexualidade do jovem , a Mónica nunca quis acreditar nisso. Ela concordava com o seu namorado, quando esse dizia-lhe que havia ali qualquer coisa estranha no jovem mas em relação ao ele ser gay ela não estava tão confiante assim. Aliás! Para a Mónica, ela estava convencida de que o Miguel tinha namorada. Sempre que ele ia ao cabeleireiro, ele ia na companhia de uma bela jovem, tão bela que era digna de ser capa daquelas revistas de moda. E ela até já os tinha apanhado as beijos na boca. Mas Artur não estava tão confiante assim. Não que isso fosse do interesse deles, mas desde que a Filó e o seu filho Miguel entraram na vida do casal Artur e Mónica, os dois estranhos praticamente começaram a fazer parte da família deles. Não propriamente família mas era frequente eles os dois falarem dessa mãe e desse filho, que eram super ricos e que graças às boas gorjetas que Filó dava e ao valor que ela pagava a Artur pelas explicações, ao longo desses seis meses, eles tinham conseguido levar uma vida com um bocadinho mais de luxo. Por isso, já era normal eles todas as noites falaram uma ou outra coisa dessa família Calado.


 


Em relação aos outros motivos que levavam o Artur a desconfiar da orientação sexual de Miguel, e que ele nunca tinha tido coragem de comentar isso com a namorada, esses motivos faziam com que ele tivesse a certeza disso. Mas para o Artur não era problema nenhum. E nem era importante saber se Miguel gostava de homens ou mulheres. Ele não tinha problema nenhum em relação à homossexualidade. Para Artur, cada um era livre de se apaixonar por quem quisesse. E por acaso, ao longo dos últimos anos em que ele tinha dado explicação a vários jovens, ele já tinha-se deparado com vários que com toda a certeza eram gays ou lésbicas. Alguns deles davam mesmo sinais de já terem assumido isso e de viverem bem com isso. Havia outros que aparentavam estarem ainda numa fase de indecisão e esse talvez era o caso de Miguel. Pelo menos Artur achava isso. Mas com Miguel a história era talvez outra.


 


No inicio, quando as coisas estranhas começaram a acontecer durante as explicações, coisas essas que ele nunca teve coragem de contar para a Mónica, Artur achou não ser nada de especial. Artur limitou-se a fazer aquilo para o qual foi contratado e melhor sabia fazer, que era ensinar Matemática. Mas agora, agora que estava perante uma estranha noite, onde tinha acabado de sentir os lábios de Miguel colados aos seus. Artur começou a lembrar-se de algumas situações que aconteceram ao longo desses seis meses. Situações essas que davam claros sinais de que Miguel, sentia alguma coisa por Artur. Situações como fazer questão de tocar na mão de Artur quando esse lhe passava o caderno, o lápis ou um livro. Miguel não hesitava. Sempre que havia ali uma oportunidade, Miguel tocava na mão e no braço de Artur. Para Artur era uma coisa normal e sem significado, ou talvez não. Agora que tentava perceber o porque de Miguel lhe ter roubado um beijo, ele começava a ver as coisas com outros olhos. Havia dias em que em vez de prestar atenção aos exercícios, Miguel deixava-se ficar a cheirar o pescoço de Artur sempre que esse estava mais próximo dele. Um dia Artur achou isso tão estranho que não hesitou em perguntar-lhe o que ele estava a fazer. Miguel apenas disse que gostava do perfume que Artur usava e que andava apenas a tentar descobrir qual era. E de forma a acabar com essa dúvida de Miguel e de forma ainda de não o apanhar mais vezes a cheirar o seu pescoço, Artur lá acabou por dizer que ele só usava o perfume Boss. Mas não! Ter revelado qual era, não foi o suficiente para que o jovem, volta e meia, perdesse a concentração ao sentir o aroma do perfume. E houve até alturas em que Miguel distraísse por completo a olhar para Artur. Em vez de olhar para os exercícios, ele perdia-se a olhar para ele. Isso era algo que incomodava um pouco a Artur mas nunca antes falaram sobre o assunto.


 


E agora, com cada um em lados diferentes da porta, Artur questionava a si próprio. Será que alguma vez tinha dado razões para que Miguel fizesse o que tinha acabado de fazer? Será que Artur diga dado indícios para que hoje, ele invadisse a sua casa e o beijasse, assim, sem mais nem menos? Artur sabia que não! Tinha a certeza absoluta que nunca tinha dado motivos para que Miguel desse esse passo atrevido. Ele admitia que sim, que com ele, havia ali uma certa empolgação exagerada. Mas isso era apenas porque Miguel, ao contrário dos outros jovens que só queriam passar de ano e mais nada, Miguel tinha a mesma paixão de Artur pela matemática. E quando Artur encontrava uma pessoa assim, ele empenhava-se a 100% mas... será que isso tinha dado motivos e força para que Miguel seguisse em frente com a intenção do beijo? Artur questionou isso várias vezes, quando de forma cruel, fechou a porta na cara de Miguel. Será que Miguel, tinha interpretado tudo mal, quando Artur lhe deu permissão para trocarem algumas mensagens, quando ele tinha dúvidas de última hora? Naquele momento Artur não soube o que fazer. Quando fechou a porta imaginou que Miguel fosse embora mas isso não aconteceu. Miguel limitou-se apenas a encostar-se a porta, sentou-se no chão e chorou, chorou sem parar.


 


Artur já tinha tido a idade de Miguel. Também já tinha passado por amores não correspondidos e também já tinha chorado tal e qual como ele estava ali a chorar. Mas se quando era jovem, não conseguiu lidar com essas situações, agora que era adulto, também não conseguia ajudar alguém que estava a passar pelo mesmo. E isso era diferente. Era mesmo algo que ele nunca tinha vivido. Nunca nenhum jovem tinha-se apaixonado por ele. Nunca nenhum rapaz/homem tinha-lhe dito as coisas que Miguel disse. Isso era um terreno novo que ele não sabia como pisar. Mas Artur sabia também que não podia deixar Miguel ali a chorar sem parar, na entrada do prédio e à porta da sua casa. Podia algum vizinho ouvir e querer saber o que se passava e por isso, Artur naquele momento só sabia de uma coisa. Tinha que arranjar maneira de fazer com que Miguel se acalmasse, parasse de chorar e fosse para casa. Mas ele tinha que fazer isso mantendo a porta fechada. Era ridículo e Artur sabia disso, mas naquele momento, ele tinha medo que ao abrir a porta, Miguel tentasse algo contra ele. E de forma a que isso não acontecesse, Artur fez exactamente o mesmo que Miguel, encostou-se à porta e sentou-se no chão. Um em cada lado e com dúvidas que nunca mais terminavam, Artur acabou por dizer:


 


— Por favor Miguel! Vai para casa.


 


Miguel nada disse. Apenas continuou a chorar, a soluçar e as vezes, dava para perceber que dava murros no chão, ou na sua mochila. Mas Artur continuou a sua tarefa de tentar acalmá-lo.


 


— Já é tarde! A esta hora devias estar deitado a descansar. Amanha vai ser um dia importante. Devias pensar só nisso agora. Pensar em ter uma boa nota no exame. Afinal de contas, foi para isso que trabalhamos juntos todos esses dias.


 


Artur calou-se por uns momentos. Rezou para que aquelas suas palavras tivessem sido o suficiente para o acalmar mas não. Miguel continuava a chorar como uma criança perdida e isso, deixava Artur completamente destroçado. Ao longo desses seis meses, Artur nunca tinha visto Miguel naquele estado. Sempre o tinha visto com um sorriso rasgado no rosto. Com uma alegria nos olhos que às vezes, era difícil perceber como era possível ele estar sempre tão bem disposto. Sempre tão animado. Sempre a rir-se até das coisas mais parvas que Artur às vezes dizia só para o convencer a estudar. Era essa a imagem que Artur tinha de Miguel. A imagem de um jovem feliz. De um jovem que não tinha motivos algum para chorar. Para soluçar sem parar à porta da sua casa. Quando percebeu que não estava a ser bem sucedido na sua tarefa de o acalmar e de fazer com que ele fosse para casa, Artur passou à segunda fase da sua tarefa dizendo o seguinte:


 


— Ouve?! Se quiseres amanha podemos conversar sobre o que aconteceu aqui mas por favor, agora vai para  casa. Eu prometo que não estou chateado contigo. Prometo-te que se quiseres podemos ficar amigos mas agora vai para  casa. Pode ser?!


 


— Não consigo! — disse finalmente Miguel, no meio de muitos soluços e com essa sua primeira reacção, Artur achou que estava a ser bem sucedido.


 


— Claro que consegues! — disse ele. — Vai para casa que amanha é um outro dia e eu prometo que amanha a gente fala sobre o que tu quiseres.


 


— Posso mesmo cá voltar amanha? — perguntou ele já mais calmo.


 


— Claro que sim! Claro que podes Miguel. Tu és um bom rapaz. Eu sei disso. Sei também que neste momento deves estar confuso mas...


 


— Eu não estou confuso senhor Artur! — disse Miguel interrompendo-o. — E eu já não sou nenhum rapaz. Sou um homem! E estou muito certo em relação aos meus sentimentos. Sei que nunca senti isso por ninguém mas sei também que o que sinto por si é amor... Só amor!


 


Artur mais uma vez não gostou nada de ouvir aquela palavra a sair da sua boca mas optou por não dizer mais nada quando finalmente apercebeu-se que Miguel já estava mais calmo e que já estava a levantar-se do chão. Artur pensou que era desta. Era agora que Miguel ia-se embora e que essa estranha noite iria finalmente chegar ao fim.


 


Quando Miguel levantou-se do chão e colocou a sua mochila ás costas, Artur do outro lado da porta fez o mesmo, levantou-se.


 


— Obrigado por tudo senhor Artur! — disse Miguel antes de ir-se embora. — Eu não sei se amanha terei cabeça para o exame, mas de qualquer forma obrigado por acreditar em mim.


 


E a matemática era o ponto fraco de Artur. Quando depois de ouvir aquilo, passou pela cabeça de Artur a imagem de Miguel a faltar ao exame, Artur não hesitou. Abriu a porta e ficando frente a frente com o jovem, acabou por dizer.


 


— Por favor não abdiques dos teus sonhos por ninguém, ok?! Amanha faz o favor de ir àquele maldito exame e de ter um vinte ok? É só isso que eu te peço...


 


E por momentos Artur ficou com a sensação de querer dizer mais alguma coisa mas novamente, o estranho e intenso olhar de Miguel, fez com que ele se sentisse completamente nu a frente do jovem e da sua boca, já não foi possível sair mais nenhuma palavra. Nesse instante, para além de perceber o olhar de Miguel, Artur reparou que ele continuava a chorar. E o modo como ele chorava, o modo como as lágrimas caiem pelo seu rosto abaixo e todo o seu corpo tremia, fizeram-no lembrar alguém que ele conhecia tão bem. E esse alguém, quando passou pelo mesmo, só quis receber um abraço de consolo. Um abraço que nunca chegou a receber e que isso, fez com que esse alguém sofresse ainda mais. Fez com que o coração desse alguém se despedaçasse em mil pedaços. Artur sabia que Miguel precisava disso mesmo. De um abraço. Mas não! Isso ele não era capaz de fazer. A única coisa que ele era capaz de fazer naquele momento, era de não voltar a fechar-lhe a porta na cara. Dando uns passos atrás, Artur permitiu a entrada de Miguel na sua casa dizendo:


 


— Entra! Eu vou só lá dentro vestir algo mas eu já volto.


 


Artur virou-lhe as costas e afastou-se. Rapidamente já não estava na sala e Miguel não sabia o que fazer. A porta estava escancarada. À espera que ele entrasse mas Miguel estava na dúvida. Por momentos, foi ele que deve ter achado que estava a sonhar. Mas antes que o sonho chegasse ao fim, Miguel optou por entrar. Fechou a porta atrás de si e deixou-se ficar imóvel à espera da chegada de Artur. E nesse tempo, tudo e mais alguma coisa passou-lhe pela cabeça.


 


Já vestido com um calção e uma t-shirt e acompanhado por um copo de água, Artur regressou à sala. Miguel ainda estava imóvel junto à porta. Parecia uma estátua. Mas uma estatua feliz por ver novamente Artur à sua frente.


 


Artur aproximou-se dele, e esticou-lhe o braço com o copo de água.


 


— Toma! É para ti! — disse ele. — Agora se quiseres podes te sentar.


 


E no momento em que o copo passava da mão de Artur para Miguel, uma vez mais as duas mãos se tocaram. Tal e qual como aconteceu tantas vezes durante a explicação.


 


Artur foi sentar-se numa ponta do sofá e Miguel, bebendo um pouco daquela água, seguiu-o e acabou por sentar-se do outro lado do sofá. Os dois trocaram um olhar e Miguel, ja sentado, aproveitou para beber mais um golo da água.


 


— Eu trouxe-te água — disse Artur. — Mas se preferires eu posso trazer-te um chá se quiseres?


 


Miguel apenas abanou negativamente a cabeça.


 


— Já estás melhor? — perguntou Artur e mais uma vez, Miguel limitou-se a abanar a cabeça mas desta vez, afirmativamente.


 


Por momentos os dois permaneceram em silêncio. Miguel bebeu mais um pouco do seu olhar e várias vezes, enquanto ambos não sabiam bem para onde olhar, os seus olhares cruzavam-se. E durante esses olhares, Artur conseguia encontrar aquela alegria que ele encontrava sempre nos olhos de Miguel. Isso por um lado deixou-lhe aliviado. Era sinal de que o jovem estava a ficar mesmo mais calmo mas por outro lado, essa alegria deixava-o assustado. Será que era agora que Artur estava a dar sinais para que Miguel desse o passo seguinte? Pensou Artur, mas antes de reagir em relação a esse pensamento, Miguel terminou o silencio dizendo:


 


— Senhor Artur eu...


 


— Xiuuu! — interrompeu Artur. — Não digas nada! E por favor para de me chamar de senhor. Podes tratar-me apenas por Artur, ok?!


 


— Ok! Eu chamo mas...


 


— A sério Miguel — interrompeu Artur novamente. — Eu prometi-te que se quisesses, amanha falávamos sobre o assunto. Por isso não vamos dizer mais nada. Eu vou só buscar as chaves do carro e eu vou levar-te a casa.


 


— Não! — disse Miguel levantando-se de imediato. — Não é preciso!


 


— Não me custa nada! E para além disso, não estás em condições de ir para casa sozinho.


 


— E o senhor — disse Miguel sendo interrompido pelo olhar de reprovação de Artur, por este continuar a chamar-lhe de senhor. Mas Miguel rapidamente corrigiu. — Desculpe! O Artur não está em condições de conduzir. Eu vou sozinho.


 


— Não insistas! — eu vou levar-te e ponto final.


 


Mais uma vez Artur saiu da sala e deixou Miguel sozinho. Artur ia buscar as chaves do carro ao quarto e aproveitar para calçar uns ténis. Ele na verdade não estava mesmo em condições de conduzir mas achou por bem levar o jovem a casa. Apenas para ter a certeza de que ele realmente iria chegar bem.


 


Quando voltou à sala a dizer que estava pronto para irem, Miguel já lá não estava. A porta de casa estava aberta e Artur ainda foi a correr para a porta para ver se o via ainda na entrada mas não. Não havia sinal de Miguel. Artur voltou para casa. Abriu a janela da sala para espreitar a rua para ver se o via mas nada. A rua estava deserta e escura. Artur ainda pensou sair de casa e ver se ainda o apanha pela rua, de forma a levâ-lo a casa mas de repente, ouve-se um toque de telemóvel. Ele acha estranho estar a receber uma mensagem àquela hora mas o seu primeiro pensamento, foi que estava a receber uma mensagem da Mónica. Tirou o telemóvel do bolso e aí percebeu que ele estava sim a receber uma mensagem. Mas não da sua namorada. A mensagem era de Miguel que dizia o seguinte:


 


«Obrigado senhor Artur! Obrigado por tudo! Para si pode ser estranho eu estar a falar em amor mas eu sei aquilo que sinto. O senhor pode não sentir nada por mim (ainda!), mas aquilo que eu sinto por si é amor. Eu sei disso! Eu tenho a certeza disso. Tanta certeza como a certeza que eu tenho que um mais um, é igual a um...»


 


Ao ler aquela mensagem, Artur nem soube como reagir. Realmente falar de amor era algo estranho para Artur e isso era algo que o deixava mesmo muito incomodado. Mas sem saber muito bem porque, naquele momento Artur deixou escapar uma gargalhada. Talvez por naquele instante ter percebido que afinal o Miguel tinha razão, ele nunca tinha estado ali pela matemática. O Miguel soube-o enganar muito bem. Tão bem que o Artur estava mesmo convencido de que ele afinal percebia de matemática mas não! Naquele momento Artur esqueceu o cansaço. Esqueceu o beijo roubado. Esqueceu a aflição de ver Miguel a chorar e a soluçar sem parar. Naquele momento Artur só conseguiu rir de toda aquela situação. De toda aquela mensagem. Seis meses se passaram, meses em que todas as semanas ele tinha dedicado a 100% na tarefa de ensinar matemática a Miguel mas a sua tarefa não foi bem sucedida. Ao fim de seis meses, Miguel ainda não sabia a equação mais básica de todas. Ele não sabia que afinal, o resultado de um mais um não podia de forma alguma ser um, mas sim dois. E foi o final dessa sua mensagem que o fez rir. Rir sem parar até que a noite finalmente chegou ao fim...


 


CONTINUA...


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